Com 382 votos favoráveis e 118 contrários, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.
O governo havia prometido R$ 6 milhões para cada deputado que votasse a favor da proposta, como se fosse necessário pagar para votar a favor de algo realmente bom para o país.
O tal do "Orçamento Secreto", tão criticado até meses atrás, parece ser colírio nos olhos da imprensa comprada e do governo de Lula, que considerava o parente de emendas como uma "excrescência política" e ainda, que o governo que concordasse com tal procedimento seria uma "marionete".
Governadores também foram "comprados" para apoiar reforma tributária, com o suposto atendimento de algumas reivindicações.
O texto somente foi conhecido momentos antes da votação, o que impediu a devida analise do texto final apresentado pelo relator, Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Como tudo que é feito de maneira açodada, a PEC conta com vários dispositivos, que permitem o avanço do Governo Federal sobre a autonomia dos estados e municípios, podendo assim, ferir o Pacto Federativo.
Especialistas acreditam que a carga tributária, possa sofrer alteração importante, com o aumento de custos para o contribuinte e, na melhor das hipóteses, promover um desequilíbrio, com aumento significativo de encargos, sobretudo para o setor de serviços, que representa cerca de 60% do PIB brasileiro.
Ainda que a reforma tributária seja tão esperada e necessária, um projeto com impacto na vida de todos, por tanto tempo, não pode prescindir de discussões afim de se dirimir quaisquer dúvidas, promovendo a melhora do texto, numa construção que envolvesse todos os níveis de governo, a sociedade e aqueles cujos negócios serão impactados diretamente.
A proposta deve ser levada a votação em segundo turno, ainda nesta sexta-feira, 07 de julho.