Dino questiona operação contra bandidos: "Ação da PM não parece ser proporcional em relação ao crime"

Ministro da Justiça disse que as investigações sobre o crime serão conduzidas pelas autoridades do Estado

Por Trago Verdades em 01/08/2023 às 10:52:48

Flávio Dino faz visita à favela controlada pelo tráfico no RJ | Fotos: Reprodução

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que a ação policial no Guarujá, litoral de São Paulo, "não parece ser proporcional em relação ao crime que foi cometido". A declaração foi dada na segunda-feira 31.

A ação da polícia no litoral paulista começou na semana passada, depois do assassinato do soldado Patrick Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). A operação para buscar os suspeitos de envolvimento no crime terminou com oito pessoas mortas no Guarujá, segundo o governo de São Paulo.


"Chama atenção o fato de você ter um terrível crime contra um policial, um crime realmente que merece a repulsa, sendo usada inclusive uma pistola de 9 milímetros. E houve uma reação imediata que não parece nesse momento ser proporcional em relação ao crime que foi cometido", afirmou o ministro.

Dino falou sobre investigações da Polícia Civil
Dino disse ainda que as investigações sobre o crime serão conduzidas pelas autoridades do Estado. "É muito importante garantir o principal: que as investigações ocorram conduzidas pelas autoridades estaduais de São Paulo", completou.
O ministro defendeu a investigação "independente" no Estado. "As imagens das câmeras são fundamentais para o esclarecimento do fato." Dino ressaltou o governo federal vai acompanhar o trabalho do Poder Judiciário e do Ministério Público. "E aí sim, a luz do resultado da apuração tomar um posicionamento do governo federal", completou.
"O governo federal tem atitude de prudência, de respeito as autoridades do Estado, qualquer que seja ele. Depois que esse estado emitir as suas conclusões, com base nas imagens das câmeras dos policiais, com base na corregedoria, na ouvidoria do MP, depois o Ministério da Justiça, o MPF, o Ministério dos Direitos Humanos pode, eventualmente, intervir. Mas não agora."

Fonte: Revista Oeste

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