A receita com as exportações da agropecuária foi a única que cresceu no Brasil, em 2023, quando se consideram os valores acumulados entre janeiro e julho. Nesse período, o faturamento do setor no com o mercado internacional fechou em quase US$ 50 bilhões. Ou seja: 6% maior, em comparação ao mesmo intervalo de 2022.
Enquanto a cifra com as exportações da agropecuária teve o incremento de quase US$ 3 bilhões, as receitas dos embarques das indústrias de extração e transformação perderam por volta de US$ 1,5 bilhão e quase US$ 1 bilhão. É o que mostram os dados preliminares da balança comercial brasileira.
O governo federal divulgou os resultados na terça-feira 1º. De acordo com os dados, o faturamento do segmento de extração caiu 4%. A indústria de transformação, por sua vez, encolheu 1%. Porém alguns nichos delas ligados à agropecuária registraram crescimento.
O protagonismo da soja
Entre janeiro e julho de 2023, as exportações de grãos de soja do Brasil renderam por volta de US$ 38 bilhões. A cifra equivale a média de US$ 180 milhões por dia.
De acordo com os dados preliminares da balança comercial, a receita com as exportações de soja do Brasil fechou o período com ganhos de 8,5%. Assim, houve um extra de US$ 3 bilhões, em comparação ao faturamento entre janeiro e junho do ano anterior.
Esse grão é o carro-chefe do agronegócio brasileiro. Sua aplicação versátil começa com a fabricação de farelos e óleos para alimentação humana e se estende em uma cadeia produtiva que envolve processos como a criação de animais, insumos para diversos segmentos da indústria (como alimentos, itens de higiene e pneus para carros) e geração de energia limpa, por meio do biodiesel.
A colheita de soja de 2023 é estimada em 155 milhões de toneladas, o que equivale a quase metade de toda a safra de grãos do Brasil. E o Centro-Oeste do país responde por 50% de toda a produção dos sojicultores do país.
Indústria de transformação, agropecuária e exportações
O agronegócio não se resume apenas às atividades de cultivo de plantas e criação de animais. Na indústria de transformação, por exemplo, vários segmentos têm como matéria-prima principal os produtos com origem no campo. Dois deles foram os que conseguiram as maiores cifras para o setor industrial no mercado externo — e seguem crescendo.
No topo do ranking de vendas, aparece o segmento de farelos de soja e outros alimentos para animais, com o faturamento de US$ 7,2 bilhões. O resultado equivale ao crescimento de 11%. A segunda posição é da indústria de açúcares e melaços: US$ 6,8 bilhões, 37% mais que em igual período em 2023.
Além disso, os frigoríficos de frango também incrementaram a receita com mercado externo. O faturamento de janeiro a julho fechou em US$ 5,5 bilhões. Essa cifra garantiu a quarta posição no ranking nacional de ganhos industriais com o comércio inter-racial, além de representar um crescimento de 7% sobre igual período do ano passado.
Outro grande segmento que merece destaque é a indústria de papel e celulose. Esse ramo, que também é ligado à agropecuária, faturou quase US$ 5 bilhões com exportações nos primeiros sete meses do ano, o que equivale a um crescimento de quase 8%.
Com informações da Revista Oeste
Fonte: Revista Oeste