O Fórum Internacional de Direito, evento em que o ministro Alexandre de Moraes deu palestras, calou-se sobre dos custos da viagem do magistrados.
O encontro, que teve a participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi promovido pela Escola de Direito da Unialfa, em parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (Ibet) e com a Universidade de Siena e a Universidade de Valladolid.
O Fórum Internacional de Direito ocorreu há três semanas, na Universidade de Siena. Desde sua realização, o jornal O Globo entrou em contato com os organizadores e promotores do evento para interpelar se a palestra de Moraes foi paga - e quem a pagou. Nenhuma das instituições respondeu.
Entre as organizadoras está o Grupo José Alves. O conglomerado empresarial é dono do Centro Universitário Alves Faria (Unialfa), que promoveu a palestra na Europa; e da Vitamedic, fabricante de ivermectina, que foi condenada por "danos à saúde" por causa pandemia de covid-19.
A assessoria do STF informou ao O Globo que não tinha informações e que Moraes não iria comentar o caso. A única a se manifestar foi a Universidade de Valladolid, que afirmou que o magistrado não participou de nenhuma atividade em sua Faculdade de Direito. Comunicou também que não houve pagamento de nenhuma quantia.
O verdadeiro problema da palestra de Moraes na Itália
Moraes ganhou fama como relator do inquérito das "fake news". Há dois anos, o ministro determinou a abertura de um novo inquérito contra o então presidente, Jair Bolsonaro, por supostamente difundir notícias falsas sobre a covid-19.
Fonte: Revista Oeste