Defesa de Bolsonaro diz que ele já disponibilizou sigilo bancário à Justiça

Equipe do ex-presidente nega a venda de joias oficiais

Por Trago Verdades em 12/08/2023 às 14:18:07

Foto: Isac Nóbrega/PR

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre a operação da PolĂ­cia Federal (PF) que pediu a quebra de sigilo fiscal e bancĂĄrio do ex-chefe do Executivo.
Em nota, os advogados Paulo Bueno e Daniel Tesser, além do ex-secretĂĄrio-executivo de Comunicação FĂĄbio Wajngarten, negaram a venda de presentes oficiais por Bolsonaro e informaram que o ex-presidente estĂĄ à disposição da Justiça para mostrar suas movimentações financeiras.


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A operação da PolĂ­cia Federal contra Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acredita que Bolsonaro teria usado a estrutura do governo brasileiro para "enriquecimento ilĂ­cito".
A avaliação consta em documento assinado em 10 de agosto, um dia antes de a PF pedir a quebra de sigilo fiscal e bancĂĄrio do ex-chefe do Executivo. A corporação quer ouvi-lo sobre o suposto esquema de venda de joias e dos presentes que Bolsonaro teria recebido ilegalmente durante o mandato.
A decisão de Moraes teve como base a investigação da PF, que realizou buscas e apreensões contra o tenente Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; contra Lourena Cid, pai do também ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e contra o ex-advogado Frederick Wassef.
O magistrado sustenta que os presentes recebidos por Bolsonaro durante viagens internacionais eram desviados para o acervo digital privado do ex-presidente e vendido nos Estados Unidos.

Bolsonaro enviou presentes para acervo digital pessoal, segundo Moraes
Conforme Moraes, a investigação da PolĂ­cia Federal mostra que havia "uma estrutura para desviar os bens de alto valor presenteados por autoridades estrangeiras ao ex-presidente da RepĂșblica".
O suposto esquema serviria para "evadir" os bens presentados por lĂ­deres estrangeiros. Bolsonaro teria usado aeronaves da Força Aérea Brasileira para vender aqueles produtos nos Estados Unidos. "Além de ilĂ­citos criminais, demonstram total desprezo pelo patrimônio histórico brasileiro", sustentou o ministro.
Para Moraes, os presentes de lĂ­deres estrangeiros deveriam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH). Este Ășltimo compõe a estrutura presidencial e é responsĂĄvel pela guarda dos presentes.
"Na administração do ex-presidente", ressalva o ministro, "o GADH atribuiu presentes de altĂ­ssimo valor, dados por autoridades estrangeiras, ao acervo privado do presidente, adotando uma interpretação contrĂĄria aos princĂ­pios que regem a administração pĂșblica".

Fonte: Revista Oeste

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