Cai mais um integrante do GSI do governo Lula; coronel alvo da CPMI foi demitido

Carlos Onofre Serejo Luiz Sobrinho comandava as operações de segurança presidencial e foi exonerado em publicação no Diário Oficial da União

Por Trago Verdades em 29/08/2023 às 17:47:59

FOTO: DIVULGAÇÃO/ GSI

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou, nesta terça-feira, 29, o coronel da reserva Carlos Onofre Serejo Luiz Sobrinho, coordenador-geral de Operações de Segurança Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.

O posto de Sobrinho está sob o guarda-chuva da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, um dos braços do GSI. Por ter status de ministério, o gabinete responde pela segurança de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin, bem como suas famílias.

O GSI ainda cuida da segurança dos prédios presidenciais - como o Palácio do Planalto, que foi invadido em 8 de janeiro. Até o momento, o motivo da exoneração do coronel da reserva é desconhecido.

Contudo, Sobrinho é investigado na CPMI do 8 de Janeiro - que, no início de agosto, aprovou a quebra do seu sigilo telefônico e telemático. Conforme o requerimento aprovado pelos parlamentares, o coronel da reserva "foi identificado como envolvido, depondo sobre os fatos do 8 de janeiro".

Atuação do GSI sob investigação

G. Dias
O general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, durante seu depoimento à CPI do MST | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A atuação do gabinete é questionada desde quando a Praça dos Três Poderes foi invadida. Obtida por Oeste, uma sindicância interna indicou falhas na integração da segurança. A investigação do GSI apurou a conduta dos agentes na contenção dos invasores dos prédios dos Três Poderes.

O documento também pede a abertura de processos disciplinares contra dois militares. Contudo, Sobrinho não é um deles, mas foi ouvido na sindicância do GSI. A investigação administrativa interna do ministério durou quatro meses — de 31 de janeiro a 6 de junho.

Conforme o documento, as "deficiências" e as "falhas" no fluxo e na qualidade de informações de inteligência "constituíram fator determinante para o dimensionamento insuficiente das equipes de segurança", que estavam no Palácio do Planalto".

A sindicância afirma que o GSI não recebeu nenhum e-mail da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) com aviso sobre a dimensão dos atos de vandalismo.

Contudo, o ministro Gonçalves Dias, que comandava o GSI, foi avisado desde 5 de janeiro sobre o risco de invasões na Praça dos Três Poderes.

Fonte: Revista Oeste

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