O empresário Luciano Hang, alvo da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira, 23, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se defendeu das acusações em sua rede social e negou ter especulado um golpe de estado de Jair Bolsonaro (PL) em um grupo no WhatsApp com outros empresários. "Tem um ditado que diz: se você rasga um travesseiro de penas e começa a sacudir, as penas voam e você nunca mais consegue reuni-las novamente. Quando uma mentira é contada sobre você, mesmo depois de desmentida, nem sempre a verdade se restabelece para todos. Hoje, fui tratado novamente como um bandido! Estava trabalhando, às 6h da manhã, na minha empresa, quando a Polícia Federal chegou, claramente constrangidos", iniciou Hang. De acordo com o dono da Havan, a operação foi causada por uma "matéria fora de contexto e irresponsável", referência ao vazamento de prints com conversas de empresários sobre a campanha do atual presidente da República: "Uma narrativa e uma mentira foram criadas. Eu nunca falei sobre golpe, minha fala em determinado grupo de WhatsApp foi a seguinte: "Mais 4 anos de Bolsonaro, mais 8 de Tarcísio e aí não terá mais espaço para esses vagabundos", me referindo aos maus políticos deste país".
"Sempre defendi a democracia, a liberdade de expressão e opinião. Estou tranquilo, porque não tenho nada a temer e estou com a verdade ao meu lado. Agora, corro o risco de perder minhas redes mais uma vez. Um absurdo, baseado em uma informação distorcida e falsa", defende o empresário, que alega ao final que o próprio jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, autor da matéria que divulgou os vazamentos, admitiu que ele não havia falado sobre golpe na ocasião. A PF cumpre mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará contra oito empresários investigados por supostamente defender um golpe de Estado. Além de Hang, também são alvos: Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury, (Shopping Barra World), Luiz André Tissot (Sierra Móveis), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa). Além das ações de buscas a determinação também inclui bloqueio das contas bancárias dos empresários, assim como dos perfis nas redes sociais, tomada de depoimentos e quebra de sigilo bancário. Confira abaixo as publicações de Luciano Hang na íntegra.
Fonte: Jovem Pan