Inflação acelera em agosto, aponta IBGE

O acumulado da inflação em 2023 chegou a 3,23%; principal impacto veio do grupo de Habitação, que teve alta de 1,11%

Por Trago Verdades em 12/09/2023 às 10:26:22

Crédito: Maxx-Studio/Shutterstock

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, foi de 0,23% em agosto, 0,11 ponto porcentual acima da taxa de 0,12% registrada em julho. O aumento das tarifas de energia elétrica e o do preço do óleo diesel foram os principais responsáveis pela alta em agosto.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% e, nos últimos 12 meses, de 4,61%. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,36%. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 12.

Os dados recentes do IPCA, segundo o IBGE:
Agosto de 2023: 0,23%
  • Julho de 2023: 0,12%
  • Agosto de 2022: -0,36%
  • Acumulado do ano: 3,23%
  • Acumulado nos últimos 12 meses: 4,61%

Seis dos nove grupos tiveram alta de preços em agosto

IPCA agosto inflação
IPCA em agosto | Foto: Reprodução/IBGE

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis tiveram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 ponto porcentual) e a maior variação (1,11%) vieram de habitação. Também houve alta em saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08 ponto porcentual) e em transportes (0,34% e 0,07 ponto porcentual). Os outros grupos com alta da inflação foram vestuário, Despesas pessoais e educação
Já o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18 ponto porcentual). Os demais grupos ficaram entre o -0,09% de comunicação e o 0,69% de educação.

Os principais produtos que impactaram a inflação em agosto

diesel
Óleo diesel aumentou 8,54% em agosto, segundo o IBGE| Foto: Divulgação/Petrobras
A queda do grupo alimentação e bebidas se deve principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-1,26%). As maiores quedas foram nos preços da batata-inglesa (-12,92%), do feijão-carioca (-8,27%), do tomate (-7,91%), do leite longa vida (-3,35%), do frango em pedaços (-2,57%) e das carnes (-1,90%). Houve alta, porém, no preço do arroz (1,14%) e as frutas (0,49%) subiram de preço, com destaque para o limão (51,11%) e para a banana-d"água (4,90%).
No grupo habitação, a maior contribuição para a alta veio da energia elétrica residencial (4,59%), influenciada pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, creditado nas faturas do mês anterior. Além disso, reajustes foram aplicados em quatro em várias concessionárias. O mesmo movimento ocorreu com a alta nas taxas de água e esgoto.
A aceleração de saúde e cuidados pessoais (0,58%) se deve ao resultado dos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,37% em julho para 0,81% em agosto.
No grupo dos transportes (0,34%), o impulso da alta veio do aumento do preço do óleo diesel em 8,54% e da gasolina, de 1,24%. O preço do etanol caiu (-4,26%). Nesse setor, também houve queda no preço das passagens aéreas (-11,69%), depois da alta de 4,97% em julho.

Fonte: Revista Oeste

Comunicar erro

Comentários