O governo Lula terá cinco dias para explicar o interesse do Executivo em adquirir um avião de R$ 400 milhões para o presidente. A decisão é do juiz Marllon Sousa, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, proferida na segunda-feira 18.
"A compra da referida aeronave, se efetivada, não se revelará, sob qualquer ângulo, imprescindível ao exercício presidenciável, constituindo, em verdade, gravíssimo dano ao erário público, desvio de finalidade e afronta ao princípio da moralidade, princípio este basilar e norteador da administração pública, esculpido na Constituição Federal de 1988?, observou o magistrado.
Inicialmente, sugeriu-se a Lula a possibilidade de reformar o Airbus A319-ACJ, adquirido por R$ 100 milhões em 2004. O Ministério da Defesa, contudo, descartou a ideia. Isso porque, conforme a pasta, sairia mais caro que obter uma aeronave nova.
Por ora, o governo Lula avalia comprar um avião que tenha suíte com cama de casal, banheiro com chuveiro, gabinete de trabalho privativo, sala de reuniões e cerca de 100 poltronas semi-leito. O presidente e a primeira-dama Janja têm se queixado do desconforto nas viagens internacionais desde que iniciou seu terceiro mandato.
Revista Oeste