A campanha de Lula à PresidĂȘncia, em 2022, omitiu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) serviços prestados pela agĂȘncia de comunicação Polo Marketing Digital.
Conforme noticiou o site O Bastidor, nesta segunda-feira, 25, o trabalho não consta na prestação de contas do petista. Dessa forma, o então candidato cometeu crime eleitoral.
O caso veio à tona depois de denĂșncia de dois ex-funcionĂĄrios da Polo, um redator e um designer grĂĄfico, que teriam sido demitidos sem justa causa depois do segundo turno. O Bastidor afirma ter tido acesso a documentos. Além disso, a empresa os submeteu a jornadas exaustivas de trabalho durante a disputa eleitoral, sem pagar horas extras, férias, décimo terceiro, FGTS nem seguro-desemprego, de acordo com O Bastidor.
Segundo a reportagem, a Polo produziu conteĂșdo para o PT sem aparecer como a responsĂĄvel por peças pró-Lula. A companhia tem contrato desde 2021 com a sigla. Em 2022, fechou um serviço de pouco mais de R$ 2 milhões com a legenda.
Ao contrĂĄrio de outras empresas que trabalharam oficialmente tanto para o partido quanto para a campanha de Lula, a Polo aparece apenas nas contas do PT, observou O Bastidor. Nenhuma das partes envolvidas explica por que a agĂȘncia não fechou um contrato especĂfico para a campanha de Lula nem recebeu formalmente das contas do candidato.
Nas ações trabalhistas, os dois profissionais dizem ter firmado um contrato verbal com Clarisse, a dona da agĂȘncia, em janeiro de 2021, para cuidar de redes sociais do PT e de outra plataforma do partido, a Casa 13. O horĂĄrio de trabalho combinado ia das 10h às 18h, de segunda a sexta-feira, mais um fim de semana de plantão por mĂȘs. Ambos reclamam que, com o inĂcio da campanha, tiveram de trabalhar muito além do horĂĄrio combinado.
Fonte: Revista Oeste