À CPMI do 8 de Janeiro, o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), negou ter recebido qualquer minuta para instituir uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Além disso, negou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha pensado em instituir uma intervenção federal. O ex-ministro depõe, nesta terça-feira, 26, ao colegiado.
"Nunca ouvi falar [sobre a minuta]", declarou o general Heleno. "Bolsonaro disse várias vezes que jogaria dentro das quatro linhas, e não tive intenção de fazê-lo sair das quatro linhas, não era minha missão. O GSI tem muitas missões na área espacial, cibernética, controle das fronteiras?não tinha tempo de ficar zanzando e procurando assunto."
Alvo de nove requerimentos, o ex-ministro está sendo interpelado pela ala governista sobre seu suposto envolvimento nos atos de vandalismo do 8 de janeiro, em Brasília. À CPMI, o general confirmou que recebeu pessoas, que estavam no acampamento em frente ao quartel-general em Brasília, no GSI.
"O GSI recebia essas pessoas por uma questão de humanidade", explicou o general Heleno. "Era uma questão de educação receber quem quiser comparecer. Eles iam lá para tirar foto, não para compartilhar informações sobre o acampamento."
Já a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que os manifestantes se deslocavam ao GSI para "fazer vídeos atacando a democracia".
Heleno ainda destacou que os acampamentos eram acompanhados pelo Ministério da Defesa, e que "jamais esteve" no local por falta de "condições". "Era uma manifestação pacífica e ordeira", disse Heleno.
Fonte: Revista Oeste