Líder da Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, Henrique Gomes afirmou que conversou com a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial, sobre o caso envolvendo sua assessora. Em publicação feita no Instagram, o "Baby", como é popularmente conhecido, contou que recebeu um pedido de desculpas durante a ligação. O presidente da uniformizada, entretanto, cobrou a demissão de Marcelle Decothé, assessora responsável por classificar a torcida são-paulina como "branca, que não canta, descendente de europeu safade". Segundo o próprio torcedor do Tricolor, Anielle fará uma reunião com Janja, a primeira-dama, para discutir a punição.
"Salve, família. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, me ligou para pedir desculpas a toda comunidade tricolor. Ela falou que vai entrar em reunião com a primeira-dama, a Janja? De bate pronto, já falei para ela: a maior resposta que eles precisam ter é demitir essa cidadã racista, preconceituosa, que comparou a torcida do São Paulo com [Adolf] Hitler. Esperamos uma resposta. Deixamos bem claro que o posicionamento não tem cunho político. Não é de esquerda, direita ou centro. Nosso amor é o São Paulo Futebol Clube. Sempre defenderemos o vermelho, branco e preto. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos. Estamos em cima disso", declarou o presidente da Independente.
Mais cedo, o presidente do São Paulo, Julio Casares, também já havia repudiado a fala de Marcelle Decothé. Além de listar várias ações do clube para ampliar a igualdade racial, o mandatário são-paulino mostrou ser favorável à uma punição exemplar para a assessora. O comentário de Marcelle, que é flamenguista, ocorreu em post no Instagram enquanto acompanhava a final da Copa do Brasil, no Morumbi. O Tricolor segurou um empate com os Rubro-Negros e conquistou seu primeiro título no torneio, no último domingo, 24.
Fonte: Jovem Pan