Boulos minimiza massacre, ao equiparar governo de Israel a terroristas do Hamas

Deputado ligou Netanyahu à extrema direita

Por Trago Verdades em 11/10/2023 às 18:34:59

Foto: Peter Leone/Futura Press/Folhapress

Na terça-feira 10, Guilherme Boulos, deputado federal do Partido Socialismo e Liberdade (Psol) por São Paulo, readequou sua fala depois de pressões políticas e criticou o Hamas, mas equiparou o governo de Israel aos terroristas.

O Hamas invadiu e atacou Israel, fazendo um massacre com mil vítimas na população judaica, no sábado 7. Na ocasião, Boulos lamentou as mortes, mas não chamou o Hamas de terrorista nem se opôs diretamente a ele.

Por causa disso, Jean Gorinchteyn, ex-secretário de Saúde do governo de São Paulo e médico infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, deixou a pré-campanha de Guilherme Boulos à prefeitura da capital paulista, porque o psolista não condenou diretamente o Hamas pelo ataque a Israel.

Pressão política sobre Boulos por causa do Hamas e de Israel

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Jean Gorinchteyn foi secretário de Saúde no governo Doria | Foto: Reprodução/Linkedin/Jean Gorinchteyn

"Diante da postura pró-Palestina que não menciona nem condena o grupo extremista islâmico armado Hamas pelos atentados terroristas em Israel no último sábado, que vitimaram civis e sequestraram mulheres e crianças de forma bárbara, adotei a decisão oficial de me retirar da coordenação do plano na área da Saúde na pré-campanha à prefeitura de São Paulo, liderada pelo pré-candidato Guilherme Boulos do Psol", disse Gorinchteyn.

Devido às pressões políticas, Boulos criticou o Hamas em seu discurso na Câmara dos Deputados, mas também criticou Israel.

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"Diante da situação trágica que nós estamos acompanhando no Oriente Médio, eu queria aqui me solidarizar com todos os familiares das vítimas dos ataques propagados pelo Hamas", disse Boulos. "Nada justifica o assassinato de civis inocentes."

Boulos também disse que o Hamas não representa a totalidade do povo palestino. Então, criticou o governo de Israel, comandado pelo primeiro-ministro, Benajmin Netanyahu.

"Quero aqui me solidarizar também com todas as vítimas dos ataques feitos pelo governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu, que, com a sua atitude de violência contra os palestinos nos últimos anos e descumprimento dos acordos internacionais, só agravou o conflito", disse Boulos.

Fonte: Revista Oeste

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