A Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) comunicou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a existĂȘncia de uma apuração preliminar para saber se o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crimes ao criticar o sistema eleitoral brasileiro durante reunião com embaixadores de diferentes paĂses, no PalĂĄcio da Alvorada, em 18 de julho. O parecer foi assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra AraĂșjo. Nele, a PGR diz que foram realizadas diligĂȘncias no âmbito dessa investigação. A apuração corre em sigilo no órgão. Contudo, Lindôra adiantou que é prematuro a instauração de um inquérito sobre o caso. "Narram os noticiantes que o Presidente tem feito constantes ataques ao sistema eleitoral brasileiro e, especificamente na data de 18 de julho de 2022, o chefe do Poder Executivo voltou a questionar a lisura do processo eleitoral brasileiro em reunião com embaixadores de diversos Estados estrangeiros", diz a manifestação de Lindôra. No Ășltimo mĂȘs, Bolsonaro fez uma apresentação aos embaixadores para falar sobre o sistema eleitoral e possĂveis falhas nas urnas eletrônicas. Na época, o presidente também citou o caso da invasão hacker no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – em que o invasor alega ter tido acesso aos códigos-fonte da corte eleitoral e que conseguiu a senha de um magistrado. Ainda no parecer da vice-procuradora-geral, ela relata a existĂȘncia do procedimento dentro da própria PGR. Com isso, Lindôra defende que a ministra Rosa Weber, do STF, relatora do caso, negue o pedido para que um inquérito seja instaurado para investigar supostos crimes por Bolsonaro durante a reunião. Caso a decisão seja ao contrĂĄria, a vice-procuradora-geral pede que a PresidĂȘncia da RepĂșblica seja comunicada para enviar a manifestação sobre as acusações feitas pelo deputado federal Alencar Braga (PT-SP).
Fonte: Jovem Pan