O mercado financeiro aposta em mais uma nova queda da taxa básica de Juros (Selic) promovida pelo Banco Central (BC) na próxima semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça-feira, 31, e quarta-feira, 1º, para fazer a análise da conjuntura econômica nacional e estabelecer um novo patamar para a Selic. Em entrevista à Jovem Pan News, o economista Ricardo Balistiero descartou a possibilidade de que a guerra entre o Hamas e Israel altere a perspectiva de redução dos juros anunciada anteriormente pelo BC: "Nós não temos nenhum envolvimento direto de país produtor de petróleo e as expectativas do mercado continuam rigorosamente as mesmas. A expectativa para a próxima reunião do Copom é de um corte de mais 0,5 pontos percentuais, ou seja, a Selic terminando a próxima semana em 12,25%. A projeção para o final do ano continua sendo 11,75%. Do ponto de vista de taxa de juros, nenhuma alteração em função do conflito". Atualmente a Selic está em 12,75% ao ano.
Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a gestão de Roberto Campos Neto à frente do BC tem sido questionada e criticada por membros do governo como um empecilho para a retomada econômica do país. Após o início do ciclo de quedas na Selic a relação entre o presidente do BC e o governo se arrefeceu. Para o especialista, o trabalho de Campos Neto tem se mostrado consistente, com o provável cumprimento da meta de inflação. "Ao que tudo indica nós ficaremos próximos do teto da meta e quem sabe cumpriremos a meta. Então, o Banco Central estava na direção correta. O que ocorria no primeiro semestre era apenas uma disputa política, que não é boa para o mercado", analisou Balistiero.
Fonte: Jovem Pan