O deputado federal Danilo Forte (União) afirmou nesta quinta-feira, 2, que pediu urgência ao governo federal para dar encaminhamento à votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso Nacional. Relator do projeto da Câmara, ele pontuou que cabe ao Executivo definir como o Legislativo deve trabalhar a questão. Em entrevista à Jovem Pan News, o parlamentar avaliou que o calendário está muito apertado, mas que acredita que será possível votar a LDO até 22 de novembro. "Eu espero que a gente consiga anunciar uma agenda para o Brasil e ter uma meta fiscal factível para o momento que estamos vivendo. Não é ruim para ninguém dizer que está devendo ou que tem dificuldade financeira. O ruim é escamotear", declarou. O relator da LDO ainda afirmou que o orçamento precisa ser o mais realista possível para que ele possa ser cumprido. "A gente precisa ter um país de seriedade e esse momento requer muito isso. Porque está em jogo a nossa credibilidade. O Brasil sempre foi um país bom pagador de dívidas, sempre conseguir honrar seus compromissos. Agora a gente precisa fortalecer a base da economia com essa credibilidade e ter uma agenda de desenvolvimento. A gente não pode ficar estagnado", defendeu.
Ele também demonstrou preocupação com o cronograma a ser cumprido. "Nós temos praticamente quatro semanas para poder votar a LDO. E é a LDO que determina o cronograma da Lei Orçamentária Anual (LOA). Diante disso, nós temos um período para abrir para as emendas parlamentares, tanto da LDO como da LOA, que é mais complexa porque é a contabilidade do orçamento do ano que vem. Diante desse quadro, eu pedi celeridade para que na próxima terça-feira, 7, a gente já vote o relatório preliminar, que é o que começa todo este processo. E acredito eu que teremos condições de votar a LDO por volta do dia 22 de novembro e a LOA por volta do dia 20 de dezembro", pontuou.
Danilo complementou que espera que até terça-feira, 7, o governo consiga orientar parlamentares como será a condução da proposta. Ele ainda afirmou que o pior dos mundos para o país é não ter um orçamento definido. "Não tem orçamento e aí não tem meta fiscal, arcabouço, não tem responsabilidade fiscal. E, diante dessa crise que nós estamos vivendo, os problemas vão se acumular", estimou. Para o relator, a meta é do déficit zero é muito otimista e o que o país tem capacidade de avançar com base no investimento na economia verde, nas energias renováveis e na neindustrialização. "Nós não estamos aqui querendo rever meta fiscal para aumentar gastança não, nós estamos querendo rever meta fiscal do ponto de vista de construir uma solução para retomada do crescimento econômico", afirmou.
Fonte: Jovem Pan