A Embaixada de Israel no Brasil divulgou uma nota nesta quinta-feira, 9, afirmando que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi convidado para a reunião realizada com deputados e senadores em Brasília. "A reunião de ontem no Congresso Nacional teve como intenção mostrar, como foi feito aos jornalistas brasileiros, as atrocidades do 7 de outubro cometidas pelos terroristas do Hamas", inicia o comunicado publicado pelas redes sociais do órgão. O ex-chefe do Executivo esteve presente no evento na Câmara dos Deputados na quarta-feira, 8, ao lado de Daniel Zohar Sonshine, embaixador de Israel no Brasil. Em outro trecho da nota, a embaixada afirma que "convidamos parlamentares, e apenas parlamentares. A presença do ex-presidente não foi coordenada pela Embaixada de Israel e não era conhecimento antes do evento, ocorrendo de forma fortuita".
Na ocasião compareceram mais de 300 parlamentares para a exibição de imagens do ataque promulgado pelo Hamas no dia 7 de outubro. Contudo, a Embaixada de Israel agradeceu ao Ministério da Justiça, à Polícia Federal e às autoridades brasileiras pela prisão dos suspeitos envolvidos e ligados ao grupo terrorista Hezbollah que planejavam ataques à comunidade judaica no Brasil. "E, novamente, se afirma que o governo israelense jamais criou obstáculos ou preteriu a saída dos brasileiros de Gaza. Brasil e Israel têm laços fortes e fraternos desde a fundação do Estado de Israel, e nosso esforço é para fortalecer cada vez mais essa amizade", finalizou o comunicado.
A deputada federal e presidente do PT Gleisi Hoffmann utilizou suas redes sociais para se manifestar contra o ocorrido: "Mais uma vez o embaixador de Israel no Brasil intrometeu-se indevidamente na política interna do nosso país, num ato público com o inelegível Jair Bolsonaro, realizado em pleno Congresso Nacional". Já o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou que "embaixador de Israel, Daniel Zonshein, cruzou a linha do aceitável".
Fonte: Jovem Pan