Com perda de ritmo, setor de serviços cai pelo segundo mês consecutivo e frustra expectativas

Houve queda em quatro das cinco atividades pesquisadas: outros serviços (-0,7%); transportes (-0,6%); informação e comunicação (-0,6%); e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%)

Por Trago Verdades em 14/11/2023 às 13:17:26

LEANDRO FERREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O setor de serviços registrou uma queda pelo segundo mês consecutivo e encolheu 0,4% no terceiro trimestre, de acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, 14. Após uma redução de quase 1% em agosto, o volume de serviços prestados no Brasil recuou 0,3% em setembro. Com essa nova perda, o setor, que representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, encerra o terceiro trimestre com um aumento de apenas 0,4%. Essa queda representa uma perda acumulada de 1,6% nos últimos dois meses, eliminando parte do ganho de 2,2% registrado entre maio e julho. Apesar disso, o setor ainda está 10,8% acima do nível pré-pandemia, mas 2,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), alcançado em dezembro do ano passado.

No acumulado do ano, o volume de serviços apresenta um aumento de 3,4% em relação ao mesmo período de 2022. Já nos últimos 12 meses, o crescimento é de 4,4%. Setembro foi o terceiro mês com menor receita proveniente da prestação de serviços neste ano, ficando atrás apenas de janeiro e abril. No mês de setembro, três das cinco atividades pesquisadas tiveram queda. O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares registrou uma redução de 1,1%, influenciado pela menor receita proveniente das atividades jurídicas, de limpeza e de serviços de engenharia. O setor de informação e comunicação também teve uma queda de 0,7%, acumulando uma perda de 1,7% no período de julho a setembro, principalmente devido ao setor de suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI.

No ramo de transportes, houve um leve decréscimo de 0,2%, influenciado pelos setores de transporte rodoviário de carga e transporte aéreo de passageiros. O setor de transporte rodoviário de carga é o principal segmento desse grupo e um dos maiores pesos da pesquisa. Já o transporte aéreo de passageiros foi limitado pelo aumento de 13,47% no valor das passagens aéreas. No terceiro trimestre, houve uma disseminação de taxas negativas, com queda em quatro das cinco atividades pesquisadas: outros serviços (-0,7%); transportes (-0,6%); informação e comunicação (-0,6%); e serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,4%).

A única variação positiva foi registrada nos serviços prestados às famílias, com um aumento de 0,1%. Esse crescimento foi impulsionado pelo segmento de "outros serviços prestados às famílias", que foi diretamente impactado pela realização de um festival de música em São Paulo, no mês de setembro. O setor de outros serviços também teve um aumento de 0,8%, após três resultados negativos consecutivos, quando acumulou uma perda de 3,3%.

Fonte: Jovem Pan

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