O coronel Reginaldo de Souza Leitão, da PolĂcia Militar do Distrito Federal, reconheceu nesta quinta-feira, 16, que houve uma "falha" da corporação durante os eventos ocorridos em 8 de janeiro. A declaração foi feita durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os atos de vandalismo em BrasĂlia na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Leitão admitiu que é necessĂĄrio estudar a falha ocorrida e que caberĂĄ aos próximos gestores da PM analisar os erros cometidos no posicionamento da tropa, a fim de evitar que situações semelhantes se repitam. No entanto, ele defendeu o trabalho dos agentes, ressaltando que a atividade da polĂcia é "de risco" e que todos os oficiais presentes no dia dos eventos são "pessoas excepcionais". Segundo ele, todas as informações levantadas foram repassadas aos órgãos decisores.
O coronel, que ocupava o cargo de chefe do Centro de InteligĂȘncia da PM em janeiro, afirmou que fazia parte de um grupo de aplicativo de mensagens onde alertas sobre as manifestações foram divulgados. No entanto, ele negou ter participado de uma reunião realizada no dia anterior, na Secretaria de Segurança PĂșblica, para avaliar os riscos das manifestações. Leitão destacou que a PolĂcia Militar cumpriu seu papel e que o trabalho de inteligĂȘncia foi realizado, com as informações sendo repassadas. Ele mencionou a existĂȘncia do grupo "Prioridade 01", que tinha como objetivo levar ao alto-comando da corporação as informações mais relevantes. O coronel ressaltou que houve um movimento abrupto entre os dias 6 e 8 de janeiro, exigindo decisões rĂĄpidas da PM, e que o que foi visto no dia 8 não refletia o que estava sendo vivido nos acampamentos anteriormente. A CPI tem prazo final para encerrar suas atividades em 5 de dezembro, mas o presidente da comissão, Chico Vigilante (PT), pretende votar o relatório final no dia 29 deste mĂȘs. A apresentação do documento estĂĄ marcada para as 9h. A votação ocorrerĂĄ no mesmo dia, no perĂodo da tarde.
Fonte: Jovem Pan