Conselho de Ética instaura processo contra Janones por suposta rachadinha

Pedido de cassação foi enviado pelo Partido Liberal. O presidente da comissão vai definir o relator para o caso

Por Trago Verdades em 13/12/2023 às 16:47:36

Foto: André Janones/Twitter

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou nesta quarta-feira, 13, o procedimento para apurar pedido de cassação do mandato do deputado federal, André Janones (Avante-MG), por suposto esquema de rachadinha. O parlamentar não participou da sessão e o presidente da COETICA, deputado federal Lomanto Leur JĂșnior (União-BA), ainda vai definir o relator para o caso, foram sorteados trĂȘs deputados para conduzir as investigações: Emanuel Pinheiro Neto (MDB-MT); Guilherme Boulos (PSOL-SP); e Sidney Leite (PSD-AM).

A representação foi enviada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pelo Partido Liberal em novembro, acusando Janones de quebra de decoro parlamentar por ĂĄudio vazado por assessores do gabinete, em que o deputado solicita aos servidores devolução de parte de seus salĂĄrios para quitar suas dĂ­vidas de campanha. "As atitudes perpetradas pelo Representado são nitidamente incompatĂ­veis com o decoro parlamentar, uma vez que não visam a promoção da defesa dos interesses pĂșblicos e da soberania popular. Esqueceu-se o nobre Deputado Federal de zelar pela higidez da Administração PĂșblica, olvidando-se também dos preceitos e normas constitucionais, com rejeição à boa-fé, à probidade e esquivando-se da ética e da moralidade", diz o documento assinado pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Janones, porém, não negou a veracidade do ĂĄudio e justificou ao dizer que foi uma sugestão, que foi vetada por sua advogada, de quando ainda não tinha assumido o mandato. "Mais ĂĄudios sendo divulgados e com eles, a história real vindo à tona. A história: eu (quando ainda não era deputado), disse pra algumas pessoas (que ainda não eram meus assessores) que eles ganhariam um salĂĄrio maior do que os outros, para que tivessem condições de arcar com dĂ­vidas assumidas por eles durante a eleição de 2016. Ao final, a minha sugestão foi vetada pela minha advogada e, por isso, não foi colocada em prĂĄtica. Fim da história", disse o deputado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR) e abriu um inquérito para investigar o caso. O magistrado também autorizou que o parlamentar e seus assessores e ex-assessores prestem depoimento. "Afirmada a competĂȘncia preliminar desta Suprema Corte, verifica-se que os pedidos de diligĂȘncias formulados pelo Ministério PĂșblico Federal se encontram fundamentados nos indĂ­cios de suposta prĂĄtica criminosa revelados até o momento. Nesse contexto, a suspeita de prĂĄtica criminosa envolvendo detentor de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados", diz um trecho da decisão.

Fonte: Jovem Pan

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