O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira, 26, que não houveram excessos e exageros na decisão do colega de corte, Alexandre de Moraes, que esta semana mirou em empresários que trocaram mensagens em um grupo de WhatsApp com um suposto tom golpista. Ao ser questionado se conversas em grupos privados poderiam ser consideradas crimes ou delitos, o magistrado defendeu Moraes: "Depende do tipo de conversa, se as pessoas indiciam, em uma conversa, atos preparatórios, por exemplo, para fazer um ataque a uma instituição ou um ato terrorista, certamente não é mera conversa, é algo diferente, é preciso analisar isso no contexto. Eu tenho confiança de que o ministro Alexandre louvou informações consistentes e que não cometeu nenhum ato abusivo. Certamente isso ficará esclarecido". O magistrado admitiu ainda que nos festejos do dia 7 de setembro, quando devem acontecer manifestações pró-governo em vários locais do país, o STF deve ser novamente alvo de criticas e ataques. No entanto, o ministro considera naturais estas manifestações populares sobre um poder que limita outros poderes.
As declarações foram feitas em um evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), no Rio de Janeiro. A operação da Polícia Federal (PF) contra empresários continua gerando contestação no cenário político. Para Moraes, há uma grande incompreensão por parte da mídia e da sociedade com relação à sua decisão que, na última terça-feira, 23, executou mandados de busca e apreensão em diversos estados a oito empresários após alguns deles sugerirem um eventual golpe caso o ex-presidente Lula fosse eleito nas eleições de 2022.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Jovem Pan