A deputada estadual Lucinha (PSD) teve seu afastamento do cargo determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 18. A medida foi tomada após surgirem suspeitas de que ela estaria atuando como um braço polĂtico de uma milĂcia na zona oeste da capital fluminense. A Operação Batismo, deflagrada pela PolĂcia Federal (PF) e pelo Ministério PĂșblico Estadual (MP-RJ), cumpre oito mandados de busca e apreensão nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e InhoaĂba, além do gabinete da deputada na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). As investigações apontam a participação ativa da parlamentar e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação polĂtica junto aos órgãos pĂșblicos para atender aos interesses do grupo miliciano. A milĂcia é investigada por crimes como organização criminosa, trĂĄfico de armas de fogo e munições, homicĂdios, extorsão e corrupção. Segundo a PF e o MP-RJ, a deputada atuava em favor da maior milĂcia do estado, comandada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho.
O grupo criminoso liderado por Zinho foi responsĂĄvel pelos ataques a ônibus e a um trem na zona oeste em outubro. No inĂcio do mesmo mĂȘs, Lucinha registrou um boletim de ocorrĂȘncia alegando ter sido raptada por homens que invadiram seu sĂtio em Campo Grande. Ela teria sido levada para a Vila Kennedy, também na zona oeste, mas foi liberada posteriormente. As investigações continuam para apurar o envolvimento de outros membros da organização criminosa e esclarecer todos os detalhes do caso. As investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso e identificar outros possĂveis envolvidos na organização criminosa. Além de afastĂĄ-la do mandato, a Justiça também proibiu Lucinha de frequentar as sedes da Alerj. Até o momento, a parlamentar ainda não se manifestou a respeito das acusações de envolvimento com a milĂcia fluminense.
Fonte: Jovem Pan