O ex-ministro da Justiça Sergio Moro (União) disse que está tranquilo quanto à legalidade da candidatura dele ao Senado Federal pelo Paraná. Nos últimos dias, o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, ameaçou impugnar a candidatura do ex-juiz devido a supostos problemas com o domicílio eleitoral. Em junho, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo cassou a transferência do título eleitoral de Moro para o Estado ao entender que ele não comprovou vínculo com a capital paulista. O ex-ministro decidiu, então, se colocar como pré-candidato ao Senado pelo União Brasil no Paraná. Ele garantiu que não há ilegalidades com a candidatura.
“Tem muita gente que não me quer em Brasília. Tem muita gente que é refratária ao combate à corrupção, quer continuar com os privilégios. Esse é exatamente o motivo pelo qual eu tenho que ir para Brasília. Porque eu sou contra isso. Eu não tenho nenhum receio, isso é bobagem, isso é um deputado lá do Paraná do PP que foi investigado por corrupção. E claro que ele não me quer em Brasília pelas razões óbvias. Mas eu não tô preocupado com isso. A gente tem plena segurança da regularidade da minha situação eleitoral. O que a gente tem visto inclusive, uma coisa estranha, é que tem tido muita liberação de gente que foi condenada por corrupção, envolvido em corrupção, para disputar as eleições. Ontem foi o Eduardo Cunha. É uma vergonha para o país o Eduardo Cunha poder concorrer. Mas eu não tô preocupado com a minha situação não. O pessoal não me quer em Brasília, mas vai acabar me tendo lá”, disse Moro.
Rosângela e Sergio Moro participaram do evento Mulheres Unidas por São Paulo, realizado em um hotel em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista. Eles foram recebidos pelo presidente nacional do partido, Luciano Bivar e pela senadora e presidente do União Brasil Mulher, Soraya Thronicke. A advogada Rosângela Moro, que atualmente é pré-candidata a deputada federal, contou que estão terminando de traçar estratégias para a campanha. “A estratégia, a gente está nos momentos finais de definição, as bandeiras que eu vou defender são o legado da Lava Jato, porque a gente precisa realmente enfrentar com mais seriedade a corrupção, as pessoas com deficiência e com doenças raras, que são com as quais eu trabalho na minha trajetória profissional”, disse. O evento focou em debater a violência contra a mulher e defender a transferência de agressores para presídios em outros Estados, em casos de contínua ameaça à vítima.
*Com informações da repórter Nanny Cox
Jovem Pan