O Banco Central (BC) divulgou nesta sexta-feira, 5, que o setor público consolidado fechou o mês de novembro de 2023 com um déficit primário de R$ 37,27 bilhões. É o pior resultado desde novembro de 2016, quando o valor foi de R$ 39,9 bilhões. Os dados englobam o governo central, Estados, municípios e estatais, excluindo empresas como Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O resultado refletiu um déficit de R$ 38,923 bilhões do governo central e um superávit de R$ 1,996 bilhão dos Estados e municípios. Já as estatais tiveram um déficit de R$ 343 milhões. Na comparação com novembro de 2022, o déficit aumentou cerca de R$ 17 bilhões, devido ao crescimento maior das despesas em relação às receitas, no caso do governo central, e à diminuição das transferências regulares da União, nos governos regionais.
No acumulado de 12 meses até novembro, o déficit ficou em R$ 131,364 bilhões, equivalente a 1,22% do Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro, o déficit estava em 1,06% do PIB. Além disso, no acumulado de 2023 até novembro, o governo registrou um déficit de R$ 119,551 bilhões, em comparação com um superávit de R$ 137,807 bilhões no mesmo período de 2022. A dívida bruta do governo geral no Brasil atingiu R$ 7,973 trilhões em novembro, correspondendo a 73,8% do PIB. Houve um aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. Segundo o BC, essa variação pode ser explicada principalmente pelo impacto positivo de 0,6 ponto percentual nos juros nominais e pelo impacto negativo de 0,1 ponto dos ajustes cambiais e de 0,5 ponto da variação nominal do PIB.
Fonte: Jovem Pan