HĂĄ exatamente um ano, no dia 8 de janeiro de 2023, ocorreram as invasões e depredações às sedes dos TrĂȘs Poderes, que resultaram em diversas prisões e prejuĂzos materiais. Até o momento, 66 pessoas continuam detidas, sendo que oito jĂĄ foram condenadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e outras 33 são rés denunciadas como executoras dos atos. Além disso, outras 25 pessoas seguem presas a pedido da PGR, suspeitas de financiar ou incitar os crimes. Os danos materiais causados pelos manifestantes ultrapassam os R$ 22 milhões, de acordo com o governo federal. As ações de resposta aos atos começaram imediatamente. Na madrugada de 9 de janeiro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento do governador do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, por considerar sua conduta omissiva e conivente. A vice-governadora Celina Leão assumiu o cargo até março, quando Ibaneis retornou.
Antes de ser afastado, Rocha exonerou o então secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do DF, Anderson Torres, que estava de férias nos Estados Unidos. Mais tarde, em 10 de janeiro, Torres foi preso por determinação de Moraes. Além disso, grupos que estavam nos acampamentos em frente ao Quartel General, em BrasĂlia, foram detidos e presos, e a PolĂcia Federal iniciou a Operação Lesa PĂĄtria para identificar os envolvidos nos atos. Como o site da Jovem Pan mostrou, nesta segunda, a corporação deu inĂcio da 23ÂȘ fase da investigação, cumprindo 46 mandatos de busca e apreensão, além de dois de prisão preventiva, contra suspeitos de financiar e incentivar os atos em BrasĂlia.
Ao longo do Ășltimo ano, duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito) foram instaladas para investigar o ocorrido em 8 de Janeiro, sendo uma no Congresso Nacional e outra na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A CPI do DF foi inaugurada em janeiro e ouviu 31 pessoas, incluindo autoridades da Segurança PĂșblica e do Exército. JĂĄ a CPMI foi instalada em maio e teve seu relatório final aprovado em outubro, com a proposta de indiciamento de 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e oito generais.
Fonte: Jovem Pan