Brasil recebe primeiro lote de tecovirimat para tratamento da varíola dos macacos

Por Trago Verdades em 29/08/2022 às 09:52:19

O Ministério da Saúde informou que recebeu, na sexta-feira (26), o primeiro lote de tecovirimat, antiviral aprovado para o tratamento da varíola dos macacos. Segundo informações do Estadão, foram recebidas 12 remessas doadas pelo fabricante do medicamento, a Siga Technologies.

A pasta reforçou que segue em tratativas com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e com o laboratório para obter mais lotes. O ministro da saúde, Marcelo Queiroga, também lembrou em seu Twitter que, inicialmente, "a autorização é para uso compassivo apenas em casos graves da doença".


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil na quinta-feira (25).

Para uma liberação mais rápida a reguladora também autorizou a dispensa de registro para importação de medicamentos e vacinas destinados à prevenção ou ao tratamento da doença. A decisão, aprovada por unanimidade, simplificou a análise documental e também visa facilitar o acesso da população brasileira.

A dispensa temporária tem validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 8% dos casos no mundo precisaram de internação hospitalar, e 0,1% em unidade de terapia intensiva (UTI). Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, o tecovirimat interage com o vírus e impede que ele se reproduza normalmente, o que retarda a propagação da infecção.

Embora o Brasil esteja em terceiro no lugar no ranking de países com mais casos de varíola dos macacos, a OMS anunciou, na quinta-feira (25), que há uma curva no número de infectados; os casos caíram 21% no mundo nos últimos sete dias.

Até aqui, os dados atualizados pela organização revelam que foram registrados 41 mil casos da doença e 12 óbitos. Apesar de atingir 96 países, o epicentro do surto são os Estados Unidos, que respondem por uma fatia de 34% das infecções, seguidos pela Espanha.


Fonte: Olhar Digital

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