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Sem acesso à íntegra da acusação, Bolsonaro silencia em depoimento à PF

O ex-presidente da RepĂșblica permaneceu por poucos minutos na sede da corporação em BrasĂ­lia


Foto: EFE/ Isaac Fontana

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permaneceu em silĂȘncio durante depoimento prestado à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira, 22, em Brasília. Os advogados Fabio Wajngarten e Paulo Bueno confirmaram a informação.

JĂĄ se aguardava pela estratégia de permanecer em silĂȘncio. Sem responder a questões formuladas por agentes da PF, Bolsonaro permaneceu por apenas 20 minutos na sede da corporação no Distrito Federal. Ele chegou às 14h19 e deixou o local às 14h49.

De acordo com a defesa do ex-presidente da República, a orientação de permanecer em silĂȘncio ocorreu pela falta de acesso à íntegra da declaração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da PresidĂȘncia.

Esse silĂȘncio, quero deixar claro, não é simplesmente o uso do direito constitucional, mas uma estratégia baseada no fato de que a defesa não teve acesso a todos os elementos por quais estão sendo imputados ao presidente a prĂĄtica de certos delitos", disse Bueno. "A falta de acesso a esses documentos, especialmente às declarações do tenente-coronel Mauro Cid e às mídias eletrônicas obtidas dos telefones celulares e computadores de terceiros, impede que a defesa tenha o mínimo conhecimento de por quais elementos o presidente é hoje convocado a esse depoimento."

Bolsonaro não foi o único político a prestar depoimento à PF nesta quinta-feira. Além dele, outras 13 pessoas tiveram de depor. Entre elas estavam o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto e o ex-ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa liderada por Bolsonaro em 2022, general Braga Netto.

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Bolsonaro alvo de operação da PF

Bolsonaro compareceu à sede da PF em Brasília depois de se tornar alvo da Operação Tempus Veritatis, que foi deflagrada em 8 de fevereiro. Na ocasião, o ex-presidente entregou o seu passaporte às autoridades, conforme o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou.

A Tempus Veritatis serviu para prender alguns aliados do ex-presidente. Foi o caso, por exemplo, dos ex-assessores da PresidĂȘncia da República Filipe Martins e Marcelo Câmara. Os dois, a saber, seguem detidos.

Outro a prestar depoimento à PF nesta quinta-feira, Valdemar também chegou a ser preso. Inicialmente, o presidente nacional do PL era alvo apenas de mandado de busca e apreensão, mas acabou detido em flagrante. Isso porque ele tinha porte irregular de arma. O dirigente partidĂĄrio, no entanto, ganhou a liberdade dias depois.

De acordo com a PF, a Tempus Veritatis serve para investigar suposto caso de tentativa de golpe. Conforme a corporação, a ideia era fazer com que Bolsonaro permanecesse no comando do Executivo federal, apesar do resultado das eleições de 2022.


Revista Oeste

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