Recuperação judicial: pedidos crescem 62% em janeiro, mostra Serasa Experian

Micro e pequenas empresas impulsionaram a alta das recuperações judiciais, com o setor de serviços que mais apresentou pedidos

Por Trago Verdades em 27/02/2024 às 19:18:25

Recuperações Judiciais aumentaram em janeiro | Foto: Freepik/ Internet

Os pedidos de recuperação judicial no Brasil aumentaram 62% em janeiro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada pelo Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.

Segundo o levantamento da Serasa, foram realizados 149 pedidos de recuperações judiciais no mês passado, contra os 92 de janeiro de 2023. Em relação a dezembro de 2023, o aumento foi de 46,1%.


Segundo o levantamento, em janeiro, as "Micro e Pequenas" empresas impulsionaram o aumento das recuperações judiciais com a maior parte dos requerimentos (99), seguidas pelas "Médias" (32) e "Grandes" companhias (18).

Na visão por setores, "Serviços" foi responsável pelo maior volume das requisições no período.

"Comércio" ficou em segundo lugar e, em sequência, os setores "Indústria" e "Primário".


"O aumento nas solicitações de recuperações judiciais é um reflexo do crescimento das empresas que se viram diante da iminência da insolvência, que no ano passado registrou recorde de inadimplência, com 6,6 milhões de CNPJ´s negativados. Apesar dos sinais de melhoria terem começado a surgir, como a queda da inflação e das taxas de juros, no contexto da recuperação judicial, a resposta é mais demorada", salientou o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

Pedidos de falências registram queda de 4,2%

As solicitações de falências tiveram baixa de -4,2%, passando de 72 pedidos em janeiro de 2023 para 69 no primeiro mês de 2024. Em relação a dezembro de 2023, quando foram registradas 48 requisições, o aumento foi de 43,8%.

Também foram as "Micro e Pequenas" empresas que ficaram com a maior parte dos requerimentos no período (38), seguida por "Médias" (16) e "Grandes" (15).

No recorte por setores realizado pela Serasa, o "Primário" não marcou demandas, já "Serviços" e "Comércio" apontaram 26 e, "Indústria", 17.



Fonte: Revista Oeste

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