O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu acabar com o financiamento público dos partidos políticos. A decisão faz parte de uma série de anúncios feitos durante a abertura das sessões do Congresso Nacional do país vizinho, no começo desta semana.
"Eliminaremos o financiamento público dos partidos políticos", declarou o presidente da Argentina em seu discurso. "Cada agremiação terá de se financiar com contribuições voluntárias de doadores ou dos seus próprios membros", discursou.
"A casta privilegiada vive como se fossem monarcas, há uma vulgaridade do desperdício, um esquema consciente e planeado", reprovou o presidente.
Argentina acordou, disse Milei
Segundo Milei, "a Argentina acordou há pouco mais de três meses", quando "uma maioria silenciosa , que é formada por quem trabalha e produz, levantou a voz."
Em seu discurso, o líder argentino fez acusações contra "a política anterior". Ele também criticou as decisões adotadas no país nos últimos 20 anos que, segundo ele, "foram um desastre económico, com uma orgia de gastos públicos , emissões descontroladas e o pior herança que um governo recebeu".
"Recebemos um Estado que faz tudo e faz tudo errado". afirmou Milei. "Quanto mais o Estado estiver presente, maior será o desperdício e menor o bem-estar para os bons argentinos", disse Milei, que definiu o Estado como "uma associação criminosa desenhada para que por trás de cada procedimento haja um suborno para o político no poder."
O presidente lembrou que conta com "o apoio de milhões de argentinos que querem mudanças reais". Ele destacou que "executou o programa mais ambicioso de que há memória, através do qual o défice fiscal e um corte de cinco pontos do PIB foi feito em gastos públicos".
Milei garantiu que obrigará os sindicatos "a elegerem as suas autoridades através de eleições periódicas e livres, supervisionadas pela justiça eleitoral, que limitarão os mandatos a quatro anos e estabelecerão o limite de uma única reeleição".
"Um presidente que pode não ter maiorias (parlamentares) nem governadores, mas sabe o que tem de fazer e tem a convicção de o fazer", disse o presidente argentino. "Peço aos argentinos paciência e confiança. Estamos no caminho certo. Viva a liberdade", concluiu.
Governo cortará salários de funcionários públicos que não forem trabalhar
Antes desse anúncio, Milei disse que seria descontado o salário dos funcionários públicos que não fossem trabalhar em caso de greve. O presidente argentino fez um apelo para os governadores para que assinassem o chamado "Pacto 25 de Maio" na Província de Córdoba.
O documento contém dez pontos para a chamada "nova etapa" da Argentina:
Fonte: Revista Oeste