Líder esquerdista defende Bolsonaro e os presos pelos atos do 8 de janeiro

Presidente do PCO, Rui Costa Pimenta chamou os condenados pela invasão das sedes dos Três Poderes de "pobres-coitados"

Por Trago Verdades em 09/03/2024 às 14:49:30

Reprodução Diário da Causa Operária

O presidente do Partido da Causa OperĂĄria (PCO), Rui Costa Pimenta, defendeu os presos pelos atos do 8 de janeiro de 2023 e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele deu a declaração durante entrevista ao site Brasil 247, nesta sexta-feira, 8.

"A direita tem a faca e o queijo na mão para descondenar o Bolsonaro, e sabe por quĂȘ?", perguntou Pimenta. "Por causa da condenação daqueles pobres-coitados daquele 8 de janeiro. Isso daí vocĂȘ não convence ninguém de que é uma coisa justa de se fazer."

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O presidente do PCO lembrou que diversos condenados pela invasão das sedes dos TrĂȘs Poderes foram presos sem provas e tiveram penas injustas. Para ele, essas decisões podem ser usadas como argumento para cobrar uma anulação da condenação que deixou o ex-presidente inelegível.

"Se eu fosse de direita, pegaria esse tema: anistia para os pobres-coitados", afirmou. "Mostraria o cara que foi vendedor ambulante, que estava lĂĄ, que não quebrou nada, foi condenado por conspiração armada, golpe de Estado."

O argumento pró-Bolsonaro

Pimenta aproveitou o programa para comentar uma possível prisão de Bolsonaro. Ele explica que não acredita que o ex-presidente realmente tenha cometido os crimes pelos quais estĂĄ sendo investigado, como tentativa de golpe de Estado.

"Não sei que crime exatamente que vão prender ele, se é golpe de Estado", afirmou ao Brasil 247. "Na minha opinião, é fictício. Mas vamos supor que tudo isso fosse verdadeiro: não basta vocĂȘ condenar a pessoa, vocĂȘ tem de convencer o pessoal de que ele estĂĄ errado."

O líder do PCO ainda aproveitou para comparar Bolsonaro com Hugo ChĂĄvez, que tentou dar um golpe na Venezuela e depois foi eleito presidente. Pimenta explica que, no caso do venezuelano, havia provas concretas da tentativa de golpe.

"O ChĂĄvez foi preso um pouco antes de ele se transformar no maior líder da América Latina", afirmou. "Porque ele, diferentemente do Bolsonaro, que é toda essa situação esquisita que a gente tem aqui, efetivamente deu um golpe de Estado e fracassou."

Pimenta também criticou as decisões dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso e disse que desconfia das instituições brasileiras.

"O Xandão [Moraes] e o Barroso, pessoas que ninguém — nem a esquerda — olha para essas pessoas como grandes autoridades", observou Pimenta. "Isso é uma meia dúzia de gente que fala que o Xandão é o herói da democracia, mas o povo não acha isso. O povo desconfia das instituições, com toda a razão."


Fonte: Revista Oeste

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