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EUA

Biden reafirma apoio ao assassinato de bebês e ataca Trump em discurso

Para a imprensa dos EUA, o presidente usou o púlpito da Câmara como "entrevista de trabalho" a oito meses da eleição


Imagem: Gage Skidmore

Os norte-americanos acompanharam com atenção na noite desta quinta-feira, 7, o Estado da União, importante ocasião anual em que o presidente dos Estados Unidos fala perante o Congresso. Joe Biden usou o tempo de seu terceiro discurso desde que assumiu a Casa Branca para atacar Trump e reafirmar seu apoio ao aborto [assassinato de bebês].

Pautas como "democracia ameaçada", Ucrânia e causa LGBT também estiveram presentes no discurso do democrata octogenário e fizeram com que Biden fosse amplamente criticado por grande parte da imprensa dos EUA.

O presidente, que tenta a reeleição, está sendo acusado de usar o púlpito da Câmara como "entrevista de trabalho" a oito meses da eleição.

Amparado pelo discurso no teleprompter, Biden procurou acalmar os eleitores quanto às preocupações com relação a sua idade avançada | Foto: Reprodução/@joebiden

Biden criticou as políticas e as propostas republicanas e, sem mencionar diretamente o nome de Donald Trump, chegou a insinuar 13 vezes seu antecessor e oponente à Casa Branca em 2024.

O clima de campanha ressoou na plateia, de onde os membros do Partido Democrata chegaram a cantar "mais quatro anos", enquanto os republicanos vaiavam.

Veja alguns trechos do discurso de Biden no Estado da União, que teve duração de 33 minutos, "um recorde", conforme destacou a imprensa local.

Ucrânia

O presidente começou sua fala ao abordar a guerra Rússia–Ucrânia e pediu ao Congresso financiamento adicional para o país de Volodymyr Zelensky. Logo no início, já nessa pauta, Biden acusou Trump de "se curvar a um líder russo", ao se referir ao presidente Vladimir Putin.

Trump

"Uma alternativa perigosa", foi como Biden classificou o republicano Trump ao usar seu tempo no Congresso em tom de comício, conforme a imprensa local.

Ao insinuar o nome de Trump, Biden elevou a voz diversas vezes. O presidente, que tenta a reeleição, disparou contra seu rival político e antecessor, acusando-o indiretamente de não apoiar aliados norte-americanos no exterior e de abraçar ideias antidemocráticas nos EUA.

"A liberdade e a democracia estão sob ataque, tanto em casa quanto no exterior, exatamente ao mesmo tempo", disse Biden. "A história está observando. Assim como a história observou há três anos, em 6 de janeiro."

Antes de encerrar o tradicional discurso com a frase protocolar usada pelos presidentes nesta ocasião, "o Estado da União é forte", Biden criticou Trump mais uma vez. O democrata lembrou o episódio de dia 6 de janeiro de 2021, quando houve a invasão ao Capitólio, e ligou qualquer "violência política" no país ao seu antecessor.

"Meu antecessor e alguns de vocês aqui buscam enterrar a verdade do 6 de janeiro", acusou. "Eu não farei isso. Este é um momento para falar a verdade e enterrar as mentiras."

O tema "invasão ao Capitólio" tem sido usado por Biden em eventos de campanha das primárias neste ano pelo país.

O discurso seguiu na linha de acusações implícitas ao adversário político: "E aqui está a verdade mais simples", falou Biden ao pedir aos legisladores que se lembrem das ameaças estrangeiras e domésticas e unam forças na defesa da democracia.

"Você não pode amar seu país apenas quando vence", alfinetou. "Respeite eleições livres e justas; restaure a confiança em nossas instituições; e deixe claro que a violência política não tem absolutamente nenhum lugar na América [do Norte]."

A idade

Uma das maiores preocupações do Partido Democrata é com relação à idade de Biden, que está com 81 anos, e sua suposta senilidade, frequentemente apontada por seus opositores e críticos.

"Minha vida me ensinou a abraçar a liberdade e a democracia", disse Biden na tentativa de aliviar as preocupações sobre seu vigor.

"Um futuro baseado nos valores fundamentais que definiram a América: honestidade, decência, dignidade, igualdade", disse. "Respeitar a todos. Dar a todos uma chance justa. Não dar abrigo seguro ao ódio. Agora, algumas pessoas da minha idade veem uma história diferente: uma história americana de ressentimento, vingança e retaliação. Isso não sou eu."

Aborto [Assassinato de bebês]

A permissão ao aborto [assassinato de bebês] e a tratamentos de fertilidade também foram um componente-chave do discurso de Biden, especialmente à luz de uma decisão controversa da Suprema Corte do Alabama que dificultou o acesso ao tratamento de fertilização in vitro no Estado.

LGBT

O discurso do democrata também passou pelas questões de ideologia de gênero. Sobre o tema LGBT, Biden instou os congressistas a aprovarem a Lei da Igualdade.

"Minha mensagem para os americanos transgênero: estou ao seu lado!" disse Biden.

Um ex-redator de discursos da Casa Branca criticou o de Biden e o chamou de "uma completa vergonha" e "o mais partidário" da história moderna.

Estado da União

O discurso anual do presidente dos EUA no Congresso norte-americano geralmente aborda uma ampla gama de temas, incluindo questões econômicas, sociais, políticas e externas.

Tradicionalmente, o mandatário do Executivo utiliza o Estado da União para destacar realizações de seu governo e para fazer apelos ao Congresso e ao público em geral.

É uma noite marcante no calendário da Casa Branca, ao oferecer aos presidentes uma linha direta com uma audiência cativa de legisladores e dignitários na Câmara, além de dezenas de milhões de telespectadores em casa.

Entretanto, a imprensa norte-americana afirmou em grande maioria que a noite de 2024 "perdeu parte de seu brilho à medida que a audiência diminuiu" durante o discurso de Biden.


Com informações da Revista Oeste
Joe Biden Donald Trump Eleições EUA Aborto Ucrânia

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