Paulo Eduardo Martins é o pré-candidato de Bolsonaro à prefeitura de Curitiba

Anúncio ocorre em meio a uma confusão no partido, em virtude da possível chegada do ex-governador Beto Richa

Por Trago Verdades em 14/03/2024 às 18:38:33

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-deputado federal e jornalista Paulo Eduardo Martins é o pré-candidato do Partido Liberal (PL) à Prefeitura de Curitiba. A informação foi confirmada pela Revista Oeste nesta quinta-feira, 14.

Em seu perfil no Twitter/X, Martins afirmou que estĂĄ disposto a disputar as eleições municipais pelo PL. A publicação apurou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) apoiou o nome do ex-deputado para a disputa.

"Quem acompanha o meu trabalho sabe que defendo os valores conservadores desde quando fazer isso não dava votos e nem likes", afirmou o ex-deputado. "O partido que faça sua escolha."


Antes de Paulo Eduardo Martins, possĂ­vel candidatura de Beto Richa provocou tensões em Curitiba

Na quarta-feira 13, o deputado federal e ex-governador do ParanĂĄ Beto Richa se reuniu com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para afinar os Ășltimos detalhes de sua filiação à sigla. Richa sairia do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e migraria ao partido de Bolsonaro.

A migração de Richa tem como principal objetivo a disputa da Prefeitura de Curitiba pelo PL nas eleições deste ano. Contudo, a movimentação gerou conflitos na direita paranaense, que marcou uma manifestação na sede do PL contra a filiação do tucano.

Uma das manifestações foi a do deputado estadual do ParanĂĄ, Ricardo Arruda (PL), que divulgou um vĂ­deo em que contesta a chegada do possĂ­vel correligionĂĄrio. "Ninguém entendeu, nem eu", protestou.

A eventual candidatura de Richa não contou com o aval do governador Ratinho Jr (PSD), que apoia o vice-prefeito da capital paranaense, Eduardo Pimentel (PSD), na disputa.

Beto Richa, preso pela Lava Jato

Um dos motivos que inflamaram a direita paranaense sobre a eventual candidatura de Beto Richa em Curitiba, epicentro da Operação Lava Jato, é o fato de o ex-governador ter sido preso duas vezes pela força-tarefa em investigações sobre corrupção.

paulo eduardo martins pl
A migração de Richa tem como principal objetivo a disputa da Prefeitura de Curitiba pelo PL nas eleições deste ano | Foto: Reprodução/Facebook

Richa foi para a prisão trĂȘs vezes entre o fim de 2018 e o inĂ­cio de 2019. Na primeira vez, em setembro de 2018, a detenção partiu do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Curitiba. Referia-se à investigação sobre superfaturamento no programa do governo estadual Patrulha do Campo, que fazia manutenção de estradas rurais.

Richa saiu da prisão no inĂ­cio de fevereiro daquele ano, mas retornou à cadeia dias depois, em março, sob a acusação de obstruir a Justiça no âmbito da Operação Quadro Negro, do Ministério PĂșblico do ParanĂĄ.

Ele era investigado por supostos desvios da ordem de R$ 20 milhões em obras de construção e reformas de escolas pĂșblicas. Os crimes teriam ocorrido entre 2012 e 2015.

Em dezembro de 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli declarou nulidade absoluta de todos os atos praticados contra Richa em processos da Lava Jato. Consequentemente, trancou as persecuções penais instauradas contra ele no âmbito da operação.

De acordo com o Instituto ParanĂĄ Pesquisas, o deputado federal e ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci (PSB) possui 16% de intenção de voto, seguido pelo deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil). Na sequĂȘncia, figuram Beto Richa (PSDB), com 13,5%, e o atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD).






Fonte: Revista Oeste

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