A principal opositora do ditador Nicolás Maduro, María Corina Machado, pediu neste domingo, 17, "serenidade" no registro de candidaturas para as eleições presidenciais venezuelanas.
O pedido de María Corina é uma tentativa de reverter a inelegibilidade dada a ela pela Justiça da Venezuela, que é controlada pelo governo socialista no fim de 2023. O discurso foi postado em suas redes sociais.
"O regime quer competir contra candidatos falsamente opositores", denunciou María Corina. "Escolhidos pela cúpula de Miraflores (residência oficial do presidente da Venezuela)."
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr">Son días desafiantes. <br>Avancemos con firmeza y serenidad. <a href="https://t.co/oSU4seamMA">pic.twitter.com/oSU4seamMA</a></p>— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) <a href="https://twitter.com/MariaCorinaYA/status/1769515700983398602?ref_src=twsrc%5Etfw">March 18, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Mesmo inelegível para cargos públicos pelos próximos 15 anos, María Corina Machado continua em campanha eleitoral. "A cada venezuelano, tenham a tranquilidade e a confiança de que tomarei as decisões corretas para avançar", disse ela, em vídeo postado nas redes sociais. "Serenidade e firmeza para avançar, nunca retroceder."
Nicolás Maduro está no poder desde 2013 e busca seu terceiro mandato. No último fim de semana, o ditador foi anunciado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela para as eleições que devem acontecer no fim de julho de 2024.
María Corina Machado acusa Maduro de violar o acordo de Barbados, assinado pelo governo e a oposição. Mediada pela Noruega, as negociações garantiriam — em tese — direitos políticos e a realização das eleições presidenciais justas na Venezuela.
"Para Maduro e o regime, têm duas opções: ou facilitam uma transição negociada por meio de eleições presidenciais livres, no contexto do Acordo de Barbados, ou decidem tomar o poder pelo mau caminho", afirmou a opositora. "Esta é a pior opção para todos e não evitaria a transição, já que nem o país, nem o mundo, irão aceitar."
O ditador venezuelano, entretanto, afirmou que o Acordo de Barbados está "mortalmente ferido" devido às supostas conspirações da oposição para assassiná-lo.
María Corina afirmou que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela também está anulando partidos e movimentos que a apoiam.
María Corina Machado foi barrada pelo governo chavista em 2023
Em 2023, María Corina Machado foi desqualificada em corrida no pleito interno — disputa para decidir quem enfrentaria Maduro nas eleições presidenciais de 2024. Ela tinha 40% das intenções de voto.
Pesquisas recentes ainda indicam que María Corina Machado tem 55% das intenções de voto. Maduro tem 15%.
Os critérios usados para desqualificar as primárias da oposição não foram justificados. O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, afirmou diversas vezes que María engana seus seguidores. Ela está inelegível pelos próximos 15 anos.
Maduro "aceitou" candidatura para mais um mandato na Venezuela
O ditador do país sul-americano anunciou no último sábado, 16, que "aceitou" a candidatura para seu terceiro mandato como presidente da Venezuela.
<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="es" dir="ltr"><a href="https://twitter.com/hashtag/EnVivo?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#EnVivo</a> ???? | Aceptación de la Candidatura del Partido Socialista Unido de Venezuela a la Elección Presidencial. <a href="https://t.co/qaXnMjWknB">https://t.co/qaXnMjWknB</a></p>— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) <a href="https://twitter.com/NicolasMaduro/status/1769058789594890399?ref_src=twsrc%5Etfw">March 16, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Sem a presença da oposição, Maduro representa o regime socialista nas eleições que devem acontecer no dia 28 de julho.
Fonte: Revista Oeste