A semana começou com nova expectativa de redução nos preços da gasolina no mercado interno brasileiro. Apesar disso, o mercado de petróleo internacional não teve boas notícias nesta segunda-feira, 29: barril norte-americano subiu mais de 4%, indo a US$ 97,01. O barril do tipo Brent, que é usado como referência pela Petrobras para sua política de paridade de preço, também subiu mais de 4%, fechando em US$ 105,09. Segundo especialistas do mercado de petróleo e derivados, até a segunda-feira, 29, os preços da gasolina no mercado interno estavam superiores aos parâmetros internacionais. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, a diferença era de R$ 0,05. Já segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis aponta uma defasagem de R$ 0,27. O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Pedro Rodrigues, acha que há a possibilidade de uma de redução dos preços, especialmente da gasolina, nos próximos dias. "Se a gente olhar o cenário do mercado nacional, talvez tenha espaço para novas quedas de preço, nas próximas semanas ou no próximos meses, dado que o preço do barril do petróleo, apesar de ter muita volatilidade, vem se mantendo abaixo dos US$ 95, na casa dos US$ 93, US$ 94. Então, se o preço se mantiver nesse patamar, provavelmente a gente vai ter ainda anúncios de diminuição de preços na gasolina e, quem sabe, até no diesel", afirma Rodrigues.
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Edimar de Almeida destaca que as quedas nos preços não tem a ver com a proximidade das eleições presidenciais, mas com a redução de impostos e um cenário internacional mais favorável. "O que vem acontecendo, nas últimas três semanas, é uma forte redução dos preços dos combustíveis no mercado internacional em função do medo de uma recessão mundial em consequência da crise energética e da guerra da Ucrânia", afirma. Na próxima quinta-feira, 1º de setembro, o querosene de aviação ficará mais barato no Brasil, com queda de mais de 10% anunciada na última sexta-feira,26.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
Fonte: Jovem Pan