Um relatório divulgado pelo Conselho MissionĂĄrio Indigenista (Cimi) mostrou que houve um aumento de 24,5% no nĂșmero de mortes de crianças indĂgenas em 2023. Essa data marca o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva.
Os dados mostram que, ao todo, foram mil mortes. Esse é o maior nĂșmero registrado desde 2003, ano que marcou o inĂcio da contabilidade anual das informações.
O maior nĂșmero de mortes ocorreu no Amazonas (295), seguido por Roraima (179) e Mato Grosso (124).
Mortes de crianças indĂgenas por causas evitĂĄveis
Além disso, o documento destaca que, em 2023, houve 670 mortes de crianças indĂgenas por causas evitĂĄveis, o maior nĂșmero da série histórica. Essas causas incluem doenças que poderiam ser controladas por ações adequadas de saĂșde, imunização, diagnóstico e tratamento.
Entre as principais causas de mortes evitĂĄveis estão:
Também houve 26 mortes por doenças causadas por protozoĂĄrios, como malĂĄria, toxoplasmose e leishmaniose.
Invasões de terras indĂgenas e disseminação de doenças
O relatório também menciona que terras indĂgenas continuam sendo invadidas. Esse seria outro motivo da disseminação de doenças entre os Ăndios.
Em 2023, a presença de garimpeiros persistiu, e o governo não foi eficiente em combatĂȘ-los. Além disso, a deterioração das condições de vida dos ianomâmis, em virtude da disseminação de doenças como malĂĄria, tuberculose e infecções respiratórias agudas, foi agravada pela desnutrição severa e pela contaminação por mercĂșrio.
SuicĂdios de Ăndios no Brasil
Ademais, o Brasil registrou 180 suicĂdios de indĂgenas em 2023, sendo o Amazonas o Estado com maior nĂșmero de casos (66).
A maioria dos suicĂdios (69,4%) foi cometida por homens indĂgenas, e 59 vĂtimas tinham até 19 anos. Isso representa mais de um terço do total.
Fonte: Revista Oeste