O governo de Luiz Inácio Lula da Silva arrecadou R$ 208,8 bilhões em impostos em junho, uma alta real de 11% em comparação ao mesmo mês de 2023. O número é um recorde, desde o início da série histórica em 1995.
O secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, divulgou o resultado de arrecadação dos impostos na última segunda-feira, 22, por meio do relatório de avaliação de receitas e despesas do terceiro bimestre.
"A receita vai muito bem, mas um pouco abaixo do necessário por causa de algumas desonerações e frustrações", disse Barreirinhas.
Governo de impostos
No primeiro semestre de 2024, a arrecadação federal chegou a R$ 1,3 trilhão, o que representa um crescimento de 9% acima da inflação. O valor também representa um recorde para o período.
Em junho, a Receita Federal arrecadou um adicional de R$ 460 milhões com a taxação dos fundos exclusivos para "super-ricos".
Arrecadação com Imposto de Renda
A arrecadação com o Imposto de Renda sobre rendimentos acumulados foi de R$ 12,3 bilhões neste ano.
A lei prevê a incidência semestral do imposto, conhecida como "come-cotas", aplicada em maio e novembro, com recolhimento em junho e dezembro.
Com o primeiro come-cotas, a arrecadação anual chegou a R$ 12,7 bilhões. Além disso, a Receita identificou R$ 110 milhões em tributos de recursos em paraísos fiscais, um total de R$ 7,4 bilhões em 2024.
Impacto da tragédia no Rio Grande do Sul na arrecadação
A tragédia das enchentes que afetou o Rio Grande do Sul no fim de abril impactou negativamente a receita em R$ 3,7 bilhões, em junho, segundo o governo federal. O prejuízo anual estimado é de R$ 8 bilhões.
Apesar do aumento na arrecadação dos impostos, o governo ainda está longe do programado no Orçamento. A equipe econômica de Lula revisou a estimativa de déficit para R$ 28,8 bilhões. Dessa forma, visa a congelar R$ 3,8 bilhões em despesas para cumprir a meta fiscal.