A dívida pública bruta do Brasil atingiu 77,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em junho, alta de 1,1 ponto porcentual em relação ao mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 29.
Este é o maior nível desde novembro de 2021, quando o indicador atingiu 78,2% do PIB. No acumulado do ano, o aumento é de 3,4 pontos porcentuais do PIB. Em maio, o saldo da dívida bruta fechou em R$ 8,7 trilhões.
A dívida pública bruta é um dos principais indicadores econômicos, usada especialmente para avaliar a saúde das contas públicas. A comparação em relação ao PIB serve para mostrar se o débito do governo é sustentável.
Segundo o BC, o aumento da dívida em junho foi impulsionado por juros nominais, emissões líquidas e desvalorização cambial. O resultado também é composto da variação do PIB nominal, com redução de 0,4 ponto porcentual.
Dívida pública deve continuar subindo
As projeções do Executivo revelam que a dívida bruta continuará subindo até 2027, quando deve alcançar 79,7% do PIB. Somente depois disso é que ela passaria a diminuir gradualmente.
A dívida líquida atingiu 62,2% do PIB em junho, um aumento de 0,1 ponto porcentual (saldo de R$ 6,9 trilhões). Esse é o maior nível desde setembro de 2002, quando o débito estava em 62,4% do PIB. No ano, o aumento acumulado é de 1,3 ponto porcentual do PIB.
Em junho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 40,9 bilhões, com déficits no governo central e estatais, mas superávit de R$ 1,1 bilhão em Estados e municípios.
O governo revisou as estimativas do Orçamento de 2024, aumentando o déficit projetado para R$ 28,8 bilhões, o máximo permitido pela meta fiscal.
Fonte: Revista Oeste