Ditadura da Venezuela prendeu 750 manifestantes, chamando-os de "terroristas"

O "MPF" de lá já havia ameaçado opositores com possíveis punições

Por Trago Verdades em 30/07/2024 às 14:53:06

Protesto contra a ditadura em Caracas após Conselho Nacional Eleitoral proclamar reeleição de Nicolás Maduro, 29/07/2024REUTERS/Alexandre Meneghini

O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, informou, nesta terça-feira, 30, que a ditadura já prendeu 749 pessoas que protestavam contra o regime, desde o início das manifestações.

"Vão ser processados por terrorismo", garantiu Saab, durante uma transmissão. "Certamente, as redes internacionais e ONG pagas pela USAID vão dizer que são perseguidos."

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O candidato da oposição à Presidência, Edmundo Gonzáles (à esq), e sua madrinha política, María Corina Machado (à dir), durante a assinatura do compromisso com o povo Venezuelano, 25/7/2024 | Foto: Divulgação/Comando Con Vzla y José Altuve

De acordo com o Código Penal da Venezuela, quem for condenado por um dos crimes apontados pelo chavismo pode pegar de um mês a dez anos de prisão.

Na tarde de ontem, Saab já havia alertado a oposição sobre protestos. "Informamos que a nossa instituição estará monitorando qualquer ato que pretenda iniciar uma escalada na violência para sujar a festa democrática que estamos vivendo", disse o chefe do "MPF". "Advertimos que os atos de violência e chamados a desconhecer os resultados oficiais podem se encontrar em delitos de 'instigação pública', obstrução de vias públicas, estímulo ao ódio e resistência à prisão."

Ditadura da Venezuela prende aliado de María Corina

Pela manhã, a ditadura prendeu o ex-deputado Freddy Superlano, um dos líderes da oposição ao lado de María Corina Machado.

"Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano, foi sequestrado", afirmou o partido do opositor, Voluntad Popular.

A página oficial de Superlano no Twitter/X compartilhou o momento da prisão.

Fonte: Revista Oeste

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