Mulher italiana abandona luta de boxe contra atleta trans

Aos 46 segundos, Angela Carini desistiu da luta depois de suspeita de nariz fraturado contra Imane Khelif; a transexual argelina já tinha sido proibida de lutar no passado

Por Trago Verdades em 01/08/2024 às 16:15:51

Montagem fotos: AGENSI/ Divulgação

Uma luta de boxe feminino na Olimpíada de Paris acabou em 46 segundos por desistência. A boxeadora italiana Angela Carini desistiu da luta depois de sofrer um golpe — que pode ter fraturado seu nariz — de Imane Khelif, boxeadora argelina transexual.

A presença de Imane Khelif já havia levantado controvérsia. O Comitê Olímpico Internacional (COI) foi pressionado a explicar como permitiu que uma mulher entrasse em um ringue de boxe sem que se tivesse certeza do sexo da pessoa que estaria enfrentando.

Khelif já havia sido proibida de competir em uma luta pela medalha de ouro em Délhi pela Associação Internacional de Boxe, que, na época, alegou que os "níveis elevados de testosterona da lutadora não atendiam aos critérios de elegibilidade".

Mesmo assim, Khelif foi autorizada pelo COI a lutar na Olimpíada de Paris.

A disparidade de força ficou clara desde o início, com a italiana levando um soco no rosto e imediatamente caminhando para seu canto para sinalizar que estava desistindo.

Um vídeo com a luta em câmera lenta também foi postado no Twitter/X.

Na área de entrevistas, Carini afirmou, em lágrimas, que "nunca havia levado um soco tão forte". Nem Khelif e nem o COI ainda se posicionaram sobre a luta.

Mark Adams, porta-voz do COI, disse antes da luta desta quarta-feira, 1º, que "essas boxeadoras [transexuais] são totalmente justificadas. Elas são mulheres em seus passaportes. Não é útil começar a estigmatizar assim. Todos nós temos a responsabilidade de não transformar isso em algum tipo de caça às bruxas."

Nova luta contra boxeadora trans

Outra luta está agendada para quinta-feira 2 com outra boxeadora trans. Trata-se de Lin Yu-Ting, representando Taiwan, ou o Taipei Chinês. Lin também foi desqualificada pela Associação Internacional de Boxe (IBA) depois de falhar em um "teste de gênero" em março de 2023.

utras lutadoras têm feito críticas leves e permitidas por terem de enfrentar homens biológicos no ringue.

Uma ex-oponente de Khelif, Brianda Tamara, afirmou que "graças a Deus saí em segurança" depois de enfrentar a boxeadora trans em dezembro de 2022, três meses antes de Khelif também falhar em um "teste de gênero" que alegou a presença do cromossomo XY.

A força e a rapidez de Khelif, um homem biológico, podem ser observadas em uma luta que travou contra uma mexicana em dezembro de 2022, três meses antes de falhar em um "teste de gênero".


A capitã de boxe australiana Caitlin Parker também rotulou a permissão de Khelif lutar como "incrivelmente perigosa", embora o treinador de boxe australiano Santiago Nieva tenha dito que Khelif pudesse ser enfrentada.


Fonte: Revista Oeste

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