Amazonas: recorde histórico de queimadas em julho

Neste primeiro semestre, foram detectados mais de 12,6 mil focos, um aumento de 76% em comparação ao ano passado

Por Trago Verdades em 01/08/2024 às 17:15:39

Foto: Carl de Souza / AFP

O Brasil registrou um recorde histórico de queimadas no mês de julho, de acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Desde o início das medições, em 1988, o Pantanal e o cerrado tiveram nos últimos 31 dias o maior número de focos de incêndio.

Entre janeiro e junho, o Pantanal registrou 3.262 focos, um aumento de mais de 22 vezes em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Amazônia, foram detectados 12.696 focos de queimadas, um aumento de 76% em comparação ao ano passado.

Recorde de queimadas ocorre por uma combinação fatores

O aumento do número de queimadas em 2024 ocorre após dois anos consecutivos de queda no desmatamento, segundo a CNN. Especialistas associam essas queimadas à crise climática e à seca severa desde 2023.

Cyntia Santos, analista de Conservação do WWF-Brasil, afirma que "uma combinação de fatores tem colaborado para o aumento das queimadas no Pantanal".

Queimadas devastaram 4,48 milhões de hectares no 1º semestre

"Podemos destacar as alterações climáticas, o desmatamento na Amazônia, no cerrado e no Pantanal, além da atuação do El Niño que traz um período mais seco no caso da região Centro-Oeste brasileira", disse a especialista à CNN. "Todos esses elementos afetam diretamente o ciclo de chuvas e o acúmulo de água no território", completou.

Proibição de queimas controladas

O Ministério do Meio Ambiente proibiu as "queimas controladas" por um período e prometeu criminalizar a prática. Para Amazônia e cerrado, a restrição é válida até 30 de novembro. No Pantanal, até 31 de dezembro.



Fonte: Revista Oeste

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