O Brasil registrou 68.635 focos de queimadas em agosto de 2024, conforme dados do "Programa Queimadas", do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este é o pior resultado para o mĂȘs desde 2010, quando foram detectados 90.444 focos ativos pelo satélite da entidade.
Desde 1998, os dados históricos do Inpe revelam que este é o quinto pior mĂȘs de agosto em termos de focos de queimadas no Brasil. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve mais que o dobro de focos, jĂĄ que em agosto de 2023 foram registrados 28.056 focos.
A média histórica de queimadas para agosto é de 46.529 focos, enquanto o mínimo registrado pelo Inpe ocorreu em 2013, com cerca de 21 mil focos em todo o país. Segundo o instituto, mais de 80% dos focos em agosto de 2024 ocorreram na Amazônia e no cerrado.
Queimadas na Amazônia e no cerrado
Somente em agosto de 2024, a Amazônia contabilizou 38.266 focos, mais da metade do total do ano. Comparado com agosto de 2023, quando foram registrados 17.373 focos, houve um aumento de 120%.
No cerrado, desde 1Âș de agosto até o último sĂĄbado, 31, foram registrados 18.620 focos de queimadas, mais que o dobro dos 6.850 focos contabilizados em agosto de 2023. O bioma também tem mostrado altas taxas de desmatamento desde o ano passado, somando 40.496 focos desde o início de 2024, um aumento de 70% em comparação com o mesmo período de 2023.
A situação é alarmante e exige medidas urgentes para conter a destruição dos biomas. Ações de fiscalização e políticas públicas mais rigorosas são essenciais para reverter esse cenĂĄrio e proteger a biodiversidade e os recursos naturais do país.
Fonte: Revista Oeste