E manifestação pela anistia, Bolsonaro critica Lula e lamenta a "farsa do 8 de janeiro"

Evento na Avenida Paulista, reuniu uma multidão protestando contra a censura no país, neste sábado, 7

Por Trago Verdades em 07/09/2024 às 18:52:16

Reprodução Internet

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi o responsável por encerrar a manifestação realizada neste 7 de Setembro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Com um microfone na mão e uma multidão à frente, ele defendeu anistia aos presos políticos e marcou posição contra a censura. Além disso, criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em relação à possibilidade de anistia, Bolsonaro demonstrou sinergia com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, minutos antes, havia reforçado a possibilidade de o Congresso Nacional atuar para avançar com um projeto de lei que vise a implementação da anistia aos detidos e investigados, sobretudo, pelos protestos de 8 de janeiro de 2023.

Para o ex-presidente da República, essa questão poderá ser um marco para retomar o protagonismo do Poder Legislativo. Assim, agradeceu aos senadores e deputados federais que trabalham em temas nesse sentido.

Em defesa da anistia aos presos políticos, Bolsonaro externou a sua visão a respeito do que aconteceu em Brasília no início do ano passado. De acordo com ele, é preciso reforçar que não houve tentativa de golpe. "Inventaram a farsa do 8 de janeiro", enfatizou. "A verdade é o que sistema começou a se incomodar."

Milhares de cidadãos de verde e amarelo se manifestam na Avenida Paulista | Foto: Revista Oeste
Milhares de cidadãos de verde e amarelo se manifestam na Avenida Paulista | Foto: Revista Oeste

Bolsonaro exalta sua gestão e critica Lula

Durante os cerca de 15 minutos em que discursou diante do público, que lotou a Avenida Paulista, o ex-presidente fez questão de exaltar alguns feitos de sua gestão. Lembrou, por exemplo, que isentou de impostos sobre alguns setores da economia, como os combustíveis. Também afirmou que, durante o tempo em que esteve no poder, empresas estatais começaram a dar lucro.

Nessa parte do discurso, Bolsonaro fez questão de ressaltar que esteve cercado por uma equipe competente durante os quatro anos em que despachou do Palácio do Planalto. "Montamos um ministério extraordinário."

O cenário, conforme Bolsonaro, mudou desde o início do atual governo. Ao citar Lula, lembrou da relação de amizade do petista com ditadores internacionais, como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Daniel Ortega, da Nicarágua — situação que, frisou, foi proibido de expor durante a campanha eleitoral de 2022. Assim, externou a razão pela qual resolveu deixar o Brasil dias antes de concluir o seu mandato como presidente. "Eu não passo a faixa para ladrão."

Manifestação da Av. Paulista
Manifestação da Av. Paulista
Por fim, o ex-presidente da República criticou Moraes. Bolsonaro afirmou que o ministro do STF, e que era o presidente do Tribunal Superior Eleitoral durante o processo eleitoral de dois anos atrás, não foi imparcial em suas atribuições. "Alexandre de Moraes escolheu seus alvos", disse. "Mas eu escolhi o meu lado, o lado mais difícil, que é estar ao lado do povo brasileiro."

Fonte: Revista Oeste

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