Mesmo depois de um ano da enchente que devastou o Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, nenhuma moradia definitiva chegou até as famĂlias atingidas e que perderam suas casas. O atraso prejudica diretamente a região.
A cheia histórica ocorreu em 4 de setembro de 2023, quando o Rio Taquari alcançou 29 metros, 10 metros acima da cota de inundação. Depois dela, novas enchentes foram registradas e pioraram a situação do local.
Na ocasião, a ĂĄgua chegou até o terceiro andar de edifĂcios e arrastou casas.
Lula ainda não cumpriu a promessa para o Vale do Taquari
O governo do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva não cumpriu a promessa de entregar as casas.
Em 2023, depois da enchente, uma comitiva liderada pelo então presidente em exercĂcio, Geraldo Alckmin (PSB), visitou o Vale do Taquari. Ele anunciou um auxĂlio inicial de R$ 741 milhões para a região, incluindo R$ 195 milhões destinados a moradia.
Em março deste ano, Lula prometeu 857 novas moradias do programa Minha Casa Minha Vida em 13 municĂpios, incluindo seis no Vale do Taquari. O valor investido foi de R$ 209 milhões, parte de um total de R$ 344 milhões para infraestrutura.
Mesmo com os anĂșncios, o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), relatou à Folha de S.Paulo que o governo federal ainda não iniciou as obras de reconstrução.
"O governo federal diz 'olha, o municĂpio não entregou os laudos, o municĂpio não alimentou o sistema' e o municĂpio diz 'não, nós alimentamos, mas hĂĄ burocracia do governo federal'", declarou o vice-governador.
Na terça-feira 3, o governador Eduardo Leite anunciou um plano de habitação com investimento de R$ 571 milhões para construir 410 casas definitivas em 11 municĂpios, dentro do programa A Casa É Sua — Calamidade.
Ainda não definiram um prazo para o inĂcio das obras, mas esperam concluir tudo em até 120 dias a partir do inĂcio. Construirão as primeiras 24 casas em Santa Tereza, um municĂpio com 1,5 mil habitantes. As casas terão 44 mÂČ e serão feitas com painéis de concreto pré-moldado.
Fonte: Revista Oeste