Defesa de Daniel Silveira consegue progressão de regime e ex-deputado deve sair da prisão

Ministro do STF proferiu decisão depois de parecer favorável da PGR

Por Trago Verdades em 07/10/2024 às 22:06:26

Foto: Sergio Lima/Poder360

Nesta segunda-feira, 7, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu a progressão de regime a Daniel Silveira.

A decisão veio depois de parecer favorĂĄvel do vice-procurador-geral da RepĂșblica (PGR), Hindemburgo Filho, na semana passada.

ExigĂȘncias cumpridas por Daniel Silveira

HĂĄ meses, os advogados tentam a progressão do regime para o ex-deputado. Moraes, contudo, estabeleceu uma série de exigĂȘncias para apreciar o pedido.

A primeira delas tem a ver com o pagamento de uma multa. A partir de uma vaquinha nas redes sociais, a defesa obteve o valor necessĂĄrio, visto que Silveira não tem dinheiro. Após o depósito, a PGR informou que a quantia precisava de correção. Os advogados quitaram o restante, somando no total aproximadamente R$ 270 mil.

Mesmo assim, a PGR entendeu ser necessĂĄria a realização de um exame criminológico. O governo do Rio de Janeiro realizou e emitiu um parecer em favor de Silveira. Moraes mandou o Executivo complementar a anĂĄlise, entregue dias depois.

DenĂșncia contra Moraes e Gonet

O ex-deputado Daniel Silveira | Foto: Reprodução

Na semana passada, o advogado de Silveira, Paulo Faria, denunciou Moraes e o PGR, Paulo Gonet, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Além de reconstituir o caso de Silveira à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que vai do "flagrante perpétuo" ao inquérito inconstitucional das fake news, o documento, de 65 pĂĄginas, afirma que Moraes e Gonet violaram o Pacto de San Jose, da Costa Rica, por "torturarem" Silveira fisicamente e psicologicamente ao não autorizarem, por exemplo, a progressão de regime.

Em maio do ano passado, Moraes determinou a volta de Silveira para Bangu 8, no Rio de Janeiro, depois de o STF ter condenado o então deputado a oito anos e seis meses pelos crimes de ameaça ao Estado DemocrĂĄtico de Direito e coação no curso do processo.

O ato do STF ocorreu após a própria Corte anular um indulto concedido a Silveira pelo então presidente Jair Bolsonaro, em 2022.

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