Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

perseguição

Ditadura da Venezuela imita o Brasil e cancela passaportes de jornalistas

De acordo com o jornal Financial Times, ativistas sociais também sofreram sanções por parte do regime de Nicolás Maduro


O petista Luiz Inácio Lula da Silva recebe em Brasília, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em maio de 2023 | Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ditadura da Venezuela tomou a decisão de anular os passaportes de dezenas de jornalistas e ativistas. A informação foi divulgada pelo pelo jornal Financial Times.

Essa ação, que ocorreu logo depois da "reeleição" do ditador Nicolás Maduro, faz parte de uma repressão crescente contra seus opositores. Segundo o grupo de direitos humanos Laboratório de Paz, com sede em Caracas, pelo menos 40 pessoas, incluindo jornalistas e defensores de direitos humanos, tiveram seus passaportes cancelados sem explicação.

O grupo destaca que o número real pode ser ainda maior, pois muitos têm medo de denunciar. No principal aeroporto da Venezuela, autoridades confiscaram passaportes, impedindo viagens internacionais dessas pessoas.

Rafael Uzcátegui, codiretor do Laboratório de Paz, declarou: "Ao contrário do assassinato ou da tortura, que têm um custo político mais alto, o governo descobriu que o cancelamento de passaportes é uma maneira eficaz de neutralizar e abafar vozes críticas com o mínimo de esforço".

A suposta vitória de Nicolás Maduro na contestada eleição de julho foi confirmada pelos órgãos eleitorais e judiciais, ligados ao regime chavista. A oposição, liderada por María Corina Machado, rejeita a legitimidade do resultado e defende a hipótese de fraude.

Ditadura da Venezuela já prendeu jornalistas por "terrorismo"

Manifestação contra Nicolás Maduro. Prisões ocorreram durante a cobertura dos protestos no país | Foto: Matias Baglietto/Reuters

Em agosto, o Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) acusou a ditadura de Nicolás Maduro de prender quatro jornalistas sob a alegação de terrorismo. Os comunicadores estavam presentes nas manifestações que tomaram a Venezuela depois da alegada reeleição do chavista.

"Denunciamos o uso ilegal e arbitrário das leis antiterrorismo na Venezuela, especialmente contra jornalistas e repórteres fotográficos e cinematográficos", afirmou o SNTP, em comunicado publicado nas redes sociais. "Foram detidos durante os protestos pós-eleitorais no país."

Na época, o sindicato ainda afirmou que os jornalistas foram impedidos de ter acesso a advogados particulares. As prisões, segundo o órgão, ocorreram em diferentes Estados venezuelanos.

No Brasil, a ditadura do Judiciário também cancelou passaporte de jornalistas

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou em novembro de 2022, o cancelamento do passaporte do jornalista Allan dos Santos, que vive exilado nos Estados Unidos, depois de perseguição no Brasil, em processo "sigiloso".

Allan é investigado pela suposta divulgação de notícias falsas e por críticas a membros do Supremo Tribunal Federal.

Em janeiro de 2023, o mesmo ministro cancelou os passaportes e bloqueou as contas bancárias dos jornalistas Paulo Figueiredo e Rodrigo Constantino.

Além do cancelamento do documento, estes jornalistas também foram alvos de censura, por ordem de Moraes. No Brasil, censura e perseguição infelizmente foi "normalizado", sob a desculpa de "defesa da democracia".


Com informações da Revista Oeste

Ditadura Brasil Venezuela Supremo Tribunal Federal (STF) Allan dos Santos Paulo Figueiredo Rodrigo Constantino

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!