O líder do Hamas, Yahya Sinwar, foi morto, junto com outros dois terroristas, em bombardeio israelense em Rafah, na Faixa de Gaza, na quarta-feira 16. A morte ocorreu em um ataque que não visava especificamente o líder terrorista.
A eliminação de Sinwar foi considerada, em Israel, uma vitória militar das Forças de Defesa de Israel (FDI) e do governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
Sem uma liderança de maior peso, Hamas e Hezbollah estão sob pressão, o que poderia abrir possibilidades para uma libertação dos 101 reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza. E um cessar-fogo nos combates no Líbano.
Sinwar foi o arquiteto dos ataques de 7 de outubro de 2023 a Israel, que deixaram cerca de 1,2 mil pessoas mortas e 251 sequestradas. O corpo foi identificado depois de testes de DNA e de arcada dentária em Israel. O Hamas não confirmou imediatamente sua morte.
"O assassino em massa Yahya Sinwar, responsável pelos ataques de 7 de outubro, foi morto hoje por soldados das Forças de Defesa de Israel", disse o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz.
Com a morte de Sinwar, Israel eliminou o líder terrorista que mais utilizava a infraestrutura dos túneis para se esconder. Ele era conhecido por mudar constantemente de localização e evitar o uso de tecnologias de comunicação para despistar as autoridades israelenses, conta o The Jerusalem Post. Seu paradeiro exato era incerto havia mais de um ano.
Sinwar foi o último dos principais líderes de grupos terroristas eliminados desde os ataques de 7 de outubro. Já foram mortos o chefe político Ismail Haniyeh e o líder militar Mohammed Deif. No Hezbollah, o principal chefe, Hassan Nasrallah, também foi morto.
A operação foi realizada pelas FDI em conjunto com o serviço de segurança Shin Bet.
Sem sinais dos reféns
Segundo as FDI, em comunicado enviado à Revista Oeste, os três terroristas mortos não estavam cercados de reféns como escudos humanos.
"No prédio onde os terroristas foram eliminados, não havia sinais da presença de reféns na área. As forças que estão na área continuam a operar com a cautela necessária."
Sinwar, desde os ataques de 7 de outubro, se escondia nos túneis do Hamas, mas não era encontrado, por conhecer com detalhes os subterrâneos de Gaza.
Revista Oeste