Ricardo Nunes foi reeleito neste domingo (27) prefeito da cidade de São Paulo. Com quase mais de 90% das urnas apuradas, o candidato do MDB, que ocupa o cargo desde a morte de Bruno Covas, em 2021, alcançou 59,56% dos votos contra 40,44% do deputado Guilherme Boulos, do PSOL. Nulos representaram 6,77% dos votos e brancos 3,67%. As pesquisas já apontavam uma vitória de Nunes, com uma diferença de mais de 10% de diferença. No último levantamento feito pela Paraná Pesquisas, Nunes tinha 51,2% das intenções de voto, enquanto Boulos, aparecia com 40,7%. Eleito diretamente pela primeira vez para governar a cidade de São Paulo – em 2020 ele era vice -, Ricardo Nunes, recebeu o apoio do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro. Ele tem como vice Mello Araújo (PL), que é do partido do ex-mandatário, que participou da escolha do vice. Pela manhã, quando foi votar, Nunes expressou confiança no resultado. "Expectativa muito positiva. A expectativa é muito boa. A gente acompanhou nesses últimos dias, principalmente ontem, uma energia muito positiva da população. Estou muito otimista. Mas, lógico, vamos esperar o resultado, esperar as urnas consagrarem o novo prefeito e espero que seja o nosso projeto. Estou bastante otimista, não vou negar", afirma Nunes.
Vencedor do primeiro turno, Nunes enfrentou dificuldades nos últimos dias de campanha por causa do apagão que tomou conta da cidade de São Paulo e afetou vários moradores. O prefeito foi alvo de ataques pelo ocorrido e cobrado para apresentar rápidas soluções, uma delas dar fim do contrato com a Enel. Apesar da repercussão do caso, Nunes não se sentiu ameaçado. "Acho que não terá influência. Se houver, será para o candidato do governo federal. A Enel é concessão, regulação e fiscalização do governo federal. Bastava um decreto do presidente da República para ocorrer uma intervenção ou caducidade do contrato", disse Nunes.
À Jovem Pan, durante a sabatina realizada no segundo turno, Nunes disse que nem ele e nem o governador de São Paulo querem seguir com a empresa de fornecimento de energia. "Porque eu to fazendo uma ação muito forte de falar para vocês de quem é a responsabilidade, para você me ajudar, porque a opinião pública pesa muito. Quando eu tenho opinião pública do lado oposto a Enel, a gente criou a #ForaEnel, tem uma força muito grande e é isso que a gente precisa fazer, não aceitar essa empresa aqui", disse o prefeito. "A empresa não tem responsabilidade, não ta preparada, não tem nenhum pudor com as pessoas. Se tiver uma chuva forte, vai acontecer de novo. Não dá mais essa empresa", acrescentou. Nunes empossado no dia 1º janeiro de 2025 e ficará no cargo até 2028, quando novas eleições municipais vão ser realizadas.
Jovem Pan