O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, apresentou um pedido para que o diretor-geral da Polícia Federal a instaure um inquérito policial para apuração do site "www.bolsonaro.com.br", que usa o nome e o antigo domínio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para promover uma campanha contra o mandatário, candidato à reeleição. No Twitter, Torres falou em "ataque direto e grosseiro" ao presidente e pediu apuração imediata. "Senhor diretor-geral. Com meus cordiais cumprimentos, passo a tratar de publicações constantes na página: bolsonaro.com.br, que configuram, em tese, crime contra a honra do Senhor Presidente da República", diz requisição feita por Anderson Torres, compartilhada na rede social e que pede o inquérito policial para apurar o caso e eventuais crimes cometidos.
A página "www.bolsonaro.com.br" é atualmente registrada em nome do empresário Gabriel Baggio Thomaz, de Curitiba, que detém o domínio desde 25 de janeiro deste ano. O registro do site passou por uma alternação em 11 de agosto. Entre outras coisas, a página apresenta uma imagem de Bolsonaro como uma caricatura do ditador alemão Adolf Hitler e coloca o presidente como uma "ameaça ao Brasil". Em longos blocos de texto e imagens, a exposição digital também coloca o mandatário como uma figura diabólica e fala em "ascensão do neofacismo", corrupção no governo, enfraquecimento da democracia, fake news, incitação ao ódio e à violência, entre outros tópicos. A reportagem questionou o governo sobre o caso, mas não houve resposta até a publicação deste texto. Gabriel Baggio Thomaz também foi questionado sobre o registro, mas não respondeu.
Fonte: Jovem Pan