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Após críticas à atuação da PF, Coronel do Exército é exonerado pelo Ministério da Defesa

Anderson Freire Barboza era diretor do curso de gestão de recursos de defesa na Escola Superior de Guerra


Anderson Freire Barboza tem 30 anos de atuação no Exército | Foto: Reprodução/Linkedin

O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do curso de gestão de recursos de defesa na Escola Superior de Guerra (ESG). A decisão foi tomada depois de mensagens polêmicas divulgadas por ele nas quais questionava a legitimidade das eleições de 2022 e criticava a atuação da Polícia Federal.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a exoneração será oficializada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 27. As mensagens foram compartilhadas em um grupo de WhatsApp, com centenas de integrantes, o que inclui professores e ex-alunos da ESG, instituição sob o comando do Ministério da Defesa, liderado por José Múcio.

No grupo, o coronel afirmou que as eleições de 2022 "foram roubadas" e chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "ladrão". Barboza também questionou a investigação da Polícia Federal sobre uma suposta tentativa de golpe que envolve figuras do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Coronel confirma autoria das mensagens

Anderson Freire Barboza confirmou a autoria das mensagens e as descreveu como um "desabafo pessoal". Ele disse ficar triste ao comentar a competência dos militares indiciados pela Polícia Federal.

A investigação da PF indiciou 37 pessoas sob acusação de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa. Entre os indiciados estão Bolsonaro, generais do Exército e outros ex-líderes militares.

Os indiciados incluem figuras como Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice na chapa de Bolsonaro em 2022; e Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército.

A lista também menciona Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, ex-comandante de Operações Terrestres; Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha; Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL); e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça.

O documento da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).


Revista Oeste

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