A Polícia de São Paulo fez, nesta quarta-feira, 31, a reconstituição do assassinato do lutador e campeão mundial de jiu jitsu Leandro Lo. A ação foi fechada, sem a presença da imprensa. Leandro foi baleado pelo policial militar Henrique Veloso durante um show no Clube Sírio, na zona sul da capital paulista, no dia 7 de agosto. Veloso não participou da simulação. Uma mesa foi usada para simular o ponto exato do crime. 16 testemunhas foram ouvidas, entre elas amigos do atleta e trabalhadores que estavam no local na hora do assassinato. O advogado da família da vítima, Adriano Vanni disse que tudo ocorreu dentro do esperado. Para ele, a história é coesa e os relatos são semelhantes: "A dinâmica dos fatos foi apresentada por todas as testemunhas de acordo com o que eles viram e com os depoimentos prestados. Tudo correu na maior normalidade, não teve nenhuma alteração, nenhum problema, tudo deu certo, tudo correu bem. Mudam coisas humanamente permitidas, dentro de um show, à noite, numa balada, as diferenças são mínimas. A história é uma só, é bem coesa", disse.
O advogado do policial militar Henrique Veloso, Caio Fortes, disse que a reconstituição foi solicitada por haver divergências nos depoimentos. "Os depoimentos têm pontos em que, em um determinado momento dizem uma coisa, num outro depoimento diz outra coisa. A questão da localização dos personagens, do momento em que os personagens participaram dos fatos, e, por isso tudo, o objetivo é efetivamente esclarecer. O objetivo da defesa é esclarecer os fatos", comentou o advogado. O PM ainda não prestou nenhum depoimento. Segundo relatos de testemunhas, Leandro Lo teria imobilizado o policial Henrique Veloso depois de ter sido provocado por ele. Após ser solto, o PM voltou e disparou contra o lutador. Os advogados alegam que o PM agiu em legítima defesa. Se for condenado por homicídio doloso, ele poderá pegar pena de 30 anos de prisão.
*Com informações da repórter Camila Yunes
Fonte: Jovem Pan